Muita gente opina sobre o governo Dilma no Facebook. Há uma mistura de descontentamento, desilusão e machismo. Por outro lado, grupos de simpatizantes petistas querem a todo custo reelegê-la.
Quais são as minhas críticas a respeito? Ela herdou uma pseudo-democracia. Nossos partidos não dizem nada ideologicamente. Nossos políticos trocam de partido ou criam outros como se mudassem suas cuecas ou meias.
O povo é pouco consciente. Vota com base em princípios como beleza, poder, simpatia, religiosidade e outros semelhantes. Quase nunca analisa criticamente os candidatos.
O que ela deveria ter feito até agora, em minha opinião? Dou algumas sugestões:
1. usar sua influência política para expulsar os senhores José Dirceu, Genoíno, João Paulo Cunha e Delúbio do PT. A prisão deles não depende dela, mas a exclusão do partido sim.
2. dobrar o valor do salário mínimo. Municípios quebrarão. Mas, quantos realmente deveriam existir?
3. investir maciçamente na formação de professores de Primeiro Grau. Salários e condições de trabalho. Seria a verdadeira revolução política. Quando os EUA estavam sendo superados pela URSS, na pesquisa espacial, a administração Kennedy investiu grandes capitais na formação de engenheiros. Sabemos do resultado final.
4. criar hospitais de referência nas capitais de todos os Estados. Atrair então os médicos pelas condições de trabalho adequadas.
5. propor e brigar por uma reforma tributária mais justa.
6. apresentar ao País um projeto completo de reforma política e jurídica.
Fez isso até agora? Não. Fará isso no futuro? Tenho sérias dúvidas. O duro é que as opções políticas em 2014 são precárias.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
sexta-feira, 14 de junho de 2013
NOVAS CENAS PAULISTANAS
1. Já ouviram falar em periguete cristã? Vi uma ontem. Andando pela Paulista, havia uma moça com uma saia curtíssima. Pernas bronzeadas e, detalhe, com uma frase tatuada na coxa. Deu para ler; era um trecho de um salmo bíblico.
2. Perto do Conjunto Nacional, um garoto me perguntou: Qual a capital da França? Respondi: Paris. Ele completou: Então compre de mim e será feliz. Ele vendia balinhas. Recusei. E ele continuou: o senhor é diabético? Futuro marqueteiro; já tem os discursos de abordagem prontos.
3. Dentro do metrô, linha Amarela. De repente, toca o sinal para o fechamento das portas. E uma mulher se joga para fora. Ela saiu correndo atrás de alguém que havia furtado o seu celular. Não sabemos do fim da cena.
4. Saindo ainda ontem do metrô, estação Barra Funda. Duas moças conversando perto da UNINOVE. Creio que estavam falando do Facebook. Ouvi a seguinte frase: Se ele quisesse, poderia me aderir. Pau no cu dele. Fiquei imaginando o sofrimento do sujeito, risos. Que violência!
5. Sobre as manifestações de ontem, já as comentei no Facebook. Já fui chamado de saudosista da ditadura. Ora, existe uma relação impactante entre inflação, condições ruins no transporte público e tarifa considerada elevada. Essa tarifa hoje já é subsidiada. Pode ser zerada? Sim, desde que alguém assuma todos os custos, estimados pelo atual Prefeito de São Paulo em 6 bilhões de reais. A polícia agiu despropositalmente nos últimos dias? Sim. Mas, os manifestantes não querem se aprofundar na questão e propor medidas racionais para a redução dessa tarifa. Querem impor soluções à força e me param justamente os locais críticos da cidade. Não aceito a repressão estúpida da polícia, mas não admito o vandalismo puro e simples.
6. Encerrando. Como as pessoas estão concentradas em si mesmo! Um casal de idosos entrou no metrô hoje. A senhora sentou logo no banco apropriado; o senhor ficou meio perdido e ninguém lhe ofereceu um lugar. Interferi e ele sentou.
2. Perto do Conjunto Nacional, um garoto me perguntou: Qual a capital da França? Respondi: Paris. Ele completou: Então compre de mim e será feliz. Ele vendia balinhas. Recusei. E ele continuou: o senhor é diabético? Futuro marqueteiro; já tem os discursos de abordagem prontos.
3. Dentro do metrô, linha Amarela. De repente, toca o sinal para o fechamento das portas. E uma mulher se joga para fora. Ela saiu correndo atrás de alguém que havia furtado o seu celular. Não sabemos do fim da cena.
4. Saindo ainda ontem do metrô, estação Barra Funda. Duas moças conversando perto da UNINOVE. Creio que estavam falando do Facebook. Ouvi a seguinte frase: Se ele quisesse, poderia me aderir. Pau no cu dele. Fiquei imaginando o sofrimento do sujeito, risos. Que violência!
5. Sobre as manifestações de ontem, já as comentei no Facebook. Já fui chamado de saudosista da ditadura. Ora, existe uma relação impactante entre inflação, condições ruins no transporte público e tarifa considerada elevada. Essa tarifa hoje já é subsidiada. Pode ser zerada? Sim, desde que alguém assuma todos os custos, estimados pelo atual Prefeito de São Paulo em 6 bilhões de reais. A polícia agiu despropositalmente nos últimos dias? Sim. Mas, os manifestantes não querem se aprofundar na questão e propor medidas racionais para a redução dessa tarifa. Querem impor soluções à força e me param justamente os locais críticos da cidade. Não aceito a repressão estúpida da polícia, mas não admito o vandalismo puro e simples.
6. Encerrando. Como as pessoas estão concentradas em si mesmo! Um casal de idosos entrou no metrô hoje. A senhora sentou logo no banco apropriado; o senhor ficou meio perdido e ninguém lhe ofereceu um lugar. Interferi e ele sentou.
segunda-feira, 3 de junho de 2013
NOITE AGITADA
Que noite engraçada passei hoje! Saindo da Justiça, vi um estrangeiro que não falava Português pedindo ajuda a brasileiros que não falavam Inglês. Pelo visto, valeu a linguagem de sinais. E ouvi de um transeunte: "Imagine na Copa!" Virou bordão.
No metrô Barra Funda, alguém tentou jogar um saco de salgadinhos na lixeira, errou o alvo e continuou andando. E diversas pessoas passaram por sobre o saco, pisando-o, chutando-o, rasgando-o. Mas, ninguém se atreveu a pegá-lo. Joguei-o no lixo adequado.
Então, uma mulher segurando uma mala enorme me pediu que levasse a filha, pela mão, na subida da escada rolante. A menina também estava com uma malinha de escola. Ajudei-as. Depois, fiquei pensando. Com tanto pedófilo agindo por aí, ela confiou demais. Seria a minha calvície tão respeitável assim?
Para encerrar, em frente ao Palmeiras vi um mini-vulto correndo. A coisa ficou assustada comigo e se infiltrou pela grade que cerca o estádio. Era uma ratazana. Seria um corinthiano disfarçado? Não sejamos maldosos. Jogam tanto lixo nas ruas, que a cidade se torna fonte de alimentação e de procriação para muitas espécies animais.
Prevalece a velha tese de que brasileiro não liga para a coisa pública.
No metrô Barra Funda, alguém tentou jogar um saco de salgadinhos na lixeira, errou o alvo e continuou andando. E diversas pessoas passaram por sobre o saco, pisando-o, chutando-o, rasgando-o. Mas, ninguém se atreveu a pegá-lo. Joguei-o no lixo adequado.
Então, uma mulher segurando uma mala enorme me pediu que levasse a filha, pela mão, na subida da escada rolante. A menina também estava com uma malinha de escola. Ajudei-as. Depois, fiquei pensando. Com tanto pedófilo agindo por aí, ela confiou demais. Seria a minha calvície tão respeitável assim?
Para encerrar, em frente ao Palmeiras vi um mini-vulto correndo. A coisa ficou assustada comigo e se infiltrou pela grade que cerca o estádio. Era uma ratazana. Seria um corinthiano disfarçado? Não sejamos maldosos. Jogam tanto lixo nas ruas, que a cidade se torna fonte de alimentação e de procriação para muitas espécies animais.
Prevalece a velha tese de que brasileiro não liga para a coisa pública.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
TRADIÇÕES ANTIGAS QUE SOBREVIVEM
Desde a era em que vivíamos nas cavernas, mantemos alguns hábitos que parecem não mudar nunca.
BUSCA PELO PODER
Em certo momento de sua História, o homem primitivo resolveu dominar outros homens. Pela força física, pela violência armada, depois pela inteligência e pela manipulação política. O que fazem os políticos atualmente? Uma parte defende suas ideologias como verdadeiros dogmas religiosos, outros vivem de práticas fisiológicas. Mas, o objetivo é um só: PODER. Como salientou recentemente o Ministro Joaquim Barbosa: nossos partidos são de mentirinha. Mas, essa praga existe no mundo inteiro.
DOMINAÇÃO SOBRE AS MULHERES
Pelo que estudei no passado, nas eras primitivas a sociedade era matriarcal. Havia em torno da mulher uma construção social. Depois, o homem foi desvalorizando cada vez a mulher, muitas vezes se baseando nas religiões que tornaram o sexo feminino como fonte diabólica de prazeres. Ainda temos muito caminho a percorrer, para liberar definitivamente a mulher de preconceitos e violências praticadas pelos homens, que ainda agem como proprietários delas.
ESCRAVIDÃO
Outra doença social, que continua nos afetando. No passado, os vencedores de guerras escravizavam os derrotados. Então, brancos escravizavam brancos, negros sujeitavam negros e orientais humilhavam orientais. No entanto, nos últimos séculos, os brancos precisaram de mão de obra barata e foram buscá-la na África combalida. Destruíram diversos núcleos humanos e tornaram o continente africano um palco das piores mazelas até hoje. Onde foram escravizados, os negros lutam hoje por dignidade. Alguns se acomodaram num auto-desprezo doentio e amargo. E ainda temos em paralelo outros níveis de escravidão, principalmente no trabalho e em relação a mulheres prostituídas. A vigilância moral deve ser permanente, para liquidar esses processos de humilhação humana.
MISTICISMO E RELIGIÃO
Novamente, temos aqui a ação do homem primitivo. Sentindo-se inferiorizado perante as forças da Natureza, nosso antepassado desenvolveu a ideia do sobrenatural. Muitos deuses foram criados e cultuados. Depois, criaram-se as religiões monoteístas. E os dogmas próprios. Acredito como alguns que podemos viver sem religiões; não podemos viver sem valores morais. O risco que sofremos é que os dogmas religiosos originem fanatismos e se oponham aos valores morais que instituíram a civilização humana. Precisamos educar as pessoas sob o princípio da tolerância e da verdadeira democracia.
BUSCA PELO PODER
Em certo momento de sua História, o homem primitivo resolveu dominar outros homens. Pela força física, pela violência armada, depois pela inteligência e pela manipulação política. O que fazem os políticos atualmente? Uma parte defende suas ideologias como verdadeiros dogmas religiosos, outros vivem de práticas fisiológicas. Mas, o objetivo é um só: PODER. Como salientou recentemente o Ministro Joaquim Barbosa: nossos partidos são de mentirinha. Mas, essa praga existe no mundo inteiro.
DOMINAÇÃO SOBRE AS MULHERES
Pelo que estudei no passado, nas eras primitivas a sociedade era matriarcal. Havia em torno da mulher uma construção social. Depois, o homem foi desvalorizando cada vez a mulher, muitas vezes se baseando nas religiões que tornaram o sexo feminino como fonte diabólica de prazeres. Ainda temos muito caminho a percorrer, para liberar definitivamente a mulher de preconceitos e violências praticadas pelos homens, que ainda agem como proprietários delas.
ESCRAVIDÃO
Outra doença social, que continua nos afetando. No passado, os vencedores de guerras escravizavam os derrotados. Então, brancos escravizavam brancos, negros sujeitavam negros e orientais humilhavam orientais. No entanto, nos últimos séculos, os brancos precisaram de mão de obra barata e foram buscá-la na África combalida. Destruíram diversos núcleos humanos e tornaram o continente africano um palco das piores mazelas até hoje. Onde foram escravizados, os negros lutam hoje por dignidade. Alguns se acomodaram num auto-desprezo doentio e amargo. E ainda temos em paralelo outros níveis de escravidão, principalmente no trabalho e em relação a mulheres prostituídas. A vigilância moral deve ser permanente, para liquidar esses processos de humilhação humana.
MISTICISMO E RELIGIÃO
Novamente, temos aqui a ação do homem primitivo. Sentindo-se inferiorizado perante as forças da Natureza, nosso antepassado desenvolveu a ideia do sobrenatural. Muitos deuses foram criados e cultuados. Depois, criaram-se as religiões monoteístas. E os dogmas próprios. Acredito como alguns que podemos viver sem religiões; não podemos viver sem valores morais. O risco que sofremos é que os dogmas religiosos originem fanatismos e se oponham aos valores morais que instituíram a civilização humana. Precisamos educar as pessoas sob o princípio da tolerância e da verdadeira democracia.
domingo, 26 de maio de 2013
HOMENS E MULHERES PODEM SER AMIGOS?
Essa é uma pergunta que nenhum pensador tem a resposta. Existe entre nós o tal instinto sexual; o ser humano vive praticamente em cio permanente.
Mas, criamos uma civilização em que o sexo deve ser praticado entre pessoas com alguma afinidade, entre quatro paredes.
O mundo moderno coloca, porém, homens e mulheres em convivências diárias. Nos escritórios, os dois sexos passam juntos em torno de 10 horas. Muitas pessoas se relacionam mais tempo com colegas de trabalho mais do que com as próprias esposas e maridos.
Eu trabalho num local em que as mulheres predominam. A quase totalidade é elegante e muitas são belíssimas.
Como agir? Eu nunca me envolvi com nenhuma delas. Mas, adoro várias de modo digamos platônico. Somos amigos, porém?
Entra então a problemática do machismo. Suponhamos que eu aparecesse na casa de uma delas, como visita inesperada, será que o companheiro aceitaria?
Ou uma delas me visitasse repentinamente, será que a minha esposa a receberia bem?
Difícil. Eu prefiro a amizade de uma mulher; posso conversar com qualquer uma sobre assuntos variados. Geralmente, em encontros masculinos, somente se fala de sexo e futebol. O papo é medíocre. Sei, no entanto, que quando me aposentar (já acontece isso com ex-alunas e colegas de faculdade), nunca mais verei grande parte das minhas colegas de trabalho. É a vida!
Mas, criamos uma civilização em que o sexo deve ser praticado entre pessoas com alguma afinidade, entre quatro paredes.
O mundo moderno coloca, porém, homens e mulheres em convivências diárias. Nos escritórios, os dois sexos passam juntos em torno de 10 horas. Muitas pessoas se relacionam mais tempo com colegas de trabalho mais do que com as próprias esposas e maridos.
Eu trabalho num local em que as mulheres predominam. A quase totalidade é elegante e muitas são belíssimas.
Como agir? Eu nunca me envolvi com nenhuma delas. Mas, adoro várias de modo digamos platônico. Somos amigos, porém?
Entra então a problemática do machismo. Suponhamos que eu aparecesse na casa de uma delas, como visita inesperada, será que o companheiro aceitaria?
Ou uma delas me visitasse repentinamente, será que a minha esposa a receberia bem?
Difícil. Eu prefiro a amizade de uma mulher; posso conversar com qualquer uma sobre assuntos variados. Geralmente, em encontros masculinos, somente se fala de sexo e futebol. O papo é medíocre. Sei, no entanto, que quando me aposentar (já acontece isso com ex-alunas e colegas de faculdade), nunca mais verei grande parte das minhas colegas de trabalho. É a vida!
BAYERN
Quando cito que torço para o Bayern de Munique, há sempre um estranhamento entre as pessoas. Muitos acreditam que é uma fuga minha do desempenho ruim do Palmeiras. Asseguro que não é isso.
Há vários anos, ouvi comentários de que a Alemanha praticava um futebol que não era futebol. Talvez resquícios de uma certa decepção com a derrota da Hungria em 1954.
Mas, um país que ganhou diversos títulos, com clubes e seleções, devia ter os seus méritos pensei. E passei a acompanhar razoavelmente o futebol alemão.
O Bayern deu uma lição num time brasileiro, o Cruzeiro. E passei a respeitá-lo. Recebi até um livro do clube, contando detalhes sobre sua história.
Ontem, assisti a sua partida com o Borrussia Dortmund e, confesso, torci pela sua vitória. Viva o Bayern que, espero, será o próximo campeão mundial interclubes. Os brasileiros presunçosos já começam a falar no Atlético Mineiro como campeão da Libertadores. Será? Mas, o título mundial em minha opinião já tem dono.
Há vários anos, ouvi comentários de que a Alemanha praticava um futebol que não era futebol. Talvez resquícios de uma certa decepção com a derrota da Hungria em 1954.
Mas, um país que ganhou diversos títulos, com clubes e seleções, devia ter os seus méritos pensei. E passei a acompanhar razoavelmente o futebol alemão.
O Bayern deu uma lição num time brasileiro, o Cruzeiro. E passei a respeitá-lo. Recebi até um livro do clube, contando detalhes sobre sua história.
Ontem, assisti a sua partida com o Borrussia Dortmund e, confesso, torci pela sua vitória. Viva o Bayern que, espero, será o próximo campeão mundial interclubes. Os brasileiros presunçosos já começam a falar no Atlético Mineiro como campeão da Libertadores. Será? Mas, o título mundial em minha opinião já tem dono.
VIZINHOS
Desde que casei, sempre morei em apartamento. Num deles, lá no Jabaquara, uma vizinha implicou com o barulho de um chuveirinho que eu utilizava para dar banho em uma das minhas filhas. No atual, uma vizinha reclamava até do meu caminhar pelo apartamento. Em outro, virei síndico e tive que ser mediador em diversos conflitos.
Estou escrevendo tudo isso em função do choque da notícia em que um empresário assassinou um casal de vizinhos e depois cometeu suicídio.
E a pergunta que não quer calar: como impedir desgraças desse tipo? Recentemente, conheci uma pessoa que me disse que todos nós temos o nosso lado monstrinho. Precisamos sempre agir racionalmente e controlá-lo pelo visto. Quantos de nós já não tiveram a vontade de esganar um vizinho ou arrancar os cabelos de um transeunte ou motorista?
Prédios são comunidades curiosas. Quase ninguém efetivamente se conhece. As pessoas saem para trabalhar e estudar, nos horários mais diversos, retornam impessoalmente e continuam suas vidinhas.
No caso das mortes da notícia, não havia acordo possível? O empresário, segundo sua própria esposa, era doente e com mania de perseguição. E possuía dois revólveres em casa. Será que a família dele não se omitiu, não deveria tê-lo internado? Ou sumido com as armas?
Sei de um caso mais antigo, em que um morador de outro prédio instalou, no apartamento do vizinho, uma proteção antirruído. Não seria um bom procedimento a ser empregado nesses casos?
Pensemos. Quem sabe os condomínios não devam contratar uma junta de psiquiatras e psicólogos permanentes.
Estou escrevendo tudo isso em função do choque da notícia em que um empresário assassinou um casal de vizinhos e depois cometeu suicídio.
E a pergunta que não quer calar: como impedir desgraças desse tipo? Recentemente, conheci uma pessoa que me disse que todos nós temos o nosso lado monstrinho. Precisamos sempre agir racionalmente e controlá-lo pelo visto. Quantos de nós já não tiveram a vontade de esganar um vizinho ou arrancar os cabelos de um transeunte ou motorista?
Prédios são comunidades curiosas. Quase ninguém efetivamente se conhece. As pessoas saem para trabalhar e estudar, nos horários mais diversos, retornam impessoalmente e continuam suas vidinhas.
No caso das mortes da notícia, não havia acordo possível? O empresário, segundo sua própria esposa, era doente e com mania de perseguição. E possuía dois revólveres em casa. Será que a família dele não se omitiu, não deveria tê-lo internado? Ou sumido com as armas?
Sei de um caso mais antigo, em que um morador de outro prédio instalou, no apartamento do vizinho, uma proteção antirruído. Não seria um bom procedimento a ser empregado nesses casos?
Pensemos. Quem sabe os condomínios não devam contratar uma junta de psiquiatras e psicólogos permanentes.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
NOVAS CENAS URBANAS
Continuo com minha missão? de narrar fatos paulistanos.
Ponto de Ônibus
Parece que as pessoas estão perdendo a visão lógica da vida. No sábado, fui ao Centro de Diagnóstico do Hospital Paulistano, na Avenida Brasil. Desci na esquina da Augusta e fui ao ponto de ônibus. Este estava lotadíssimo. Havia gente reclamando da demora do ônibus. Coincidentemente, quase todo mundo subiu no mesmo veículo em que entrei. Pensei até que não conseguiria descer. Para minha surpresa, dois pontos depois praticamente todo mundo desceu. Gente, o tempo que eles perderam esperando o ônibus poderia ter sido perfeitamente despendido numa caminhada!
O Perigo do Celular
Voltei para casa pela linha Amarela do metrô. Na minha frente, toda garbosa, descia uma garota olhando o celular. De repente, seu pé falseou (havia mais um degrau na escada) e ela caiu de joelhos no chão. Quem disse que o celular não pode se tornar um assassino? Ainda bem que somente a dignidade da garota foi atingida.
SESC Pompeia
Sábado. Virada Cultural. E esse SESC participou. Nenhum som me agradou; mas gosto é gosto. Provavelmente, houve gente assistindo aos shows. Mas, no final da noite e novamente no início da madrugada, algum jerico mandou soltar fogos de artifício praticamente em frente às janelas do meu prédio. Como foi difícil acalmar a minha gata siamesa!
Criança mimada
Hoje, metrô. Uma criança, provavelmente com a avó, estava sentada sozinha num dos bancos reservados prioritariamente para idosos, gestantes, pessoas com problemas físicos e mulheres com crianças de colo. E não quis ceder o lugar. Um idoso protestou veementemente, sem sucesso. É uma questão de educação. Como diziam os mais antigos : "é de pequeno que se torce o pepino". Como será essa menina em alguns anos?
Ponto de Ônibus
Parece que as pessoas estão perdendo a visão lógica da vida. No sábado, fui ao Centro de Diagnóstico do Hospital Paulistano, na Avenida Brasil. Desci na esquina da Augusta e fui ao ponto de ônibus. Este estava lotadíssimo. Havia gente reclamando da demora do ônibus. Coincidentemente, quase todo mundo subiu no mesmo veículo em que entrei. Pensei até que não conseguiria descer. Para minha surpresa, dois pontos depois praticamente todo mundo desceu. Gente, o tempo que eles perderam esperando o ônibus poderia ter sido perfeitamente despendido numa caminhada!
O Perigo do Celular
Voltei para casa pela linha Amarela do metrô. Na minha frente, toda garbosa, descia uma garota olhando o celular. De repente, seu pé falseou (havia mais um degrau na escada) e ela caiu de joelhos no chão. Quem disse que o celular não pode se tornar um assassino? Ainda bem que somente a dignidade da garota foi atingida.
SESC Pompeia
Sábado. Virada Cultural. E esse SESC participou. Nenhum som me agradou; mas gosto é gosto. Provavelmente, houve gente assistindo aos shows. Mas, no final da noite e novamente no início da madrugada, algum jerico mandou soltar fogos de artifício praticamente em frente às janelas do meu prédio. Como foi difícil acalmar a minha gata siamesa!
Criança mimada
Hoje, metrô. Uma criança, provavelmente com a avó, estava sentada sozinha num dos bancos reservados prioritariamente para idosos, gestantes, pessoas com problemas físicos e mulheres com crianças de colo. E não quis ceder o lugar. Um idoso protestou veementemente, sem sucesso. É uma questão de educação. Como diziam os mais antigos : "é de pequeno que se torce o pepino". Como será essa menina em alguns anos?
sexta-feira, 17 de maio de 2013
CENAS URBANAS
Morar em São Paulo é um mar de surpresas e fatos; creio que somente o Rio de Janeiro, no Brasil, é tão agitado como.
Presenciei três cenas curiosas hoje:
CENA 1
Rua Augusta. Calçadas repletas de gente, apressada, disputando cada centímetro. Músicos atuando. Trânsito infernal. Moradores de rua pedindo dinheiro. E duas loiras altas, talvez modelos, conversando. Uma delas exibiu os cabelos para outra e disse: "Os nossos estão assim, mas queremos mais brancos". Que problemão! O mundo vai acabar se os cabelos delas não ficarem mais claros.
CENA 2
Duas mulheres carregando imensas malas no metrô. Parada na estação Palmeiras-Barra Funda. Enroscaram-se com as malas na saída. Uma criança de uns três anos, no máximo, provavelmente filha de uma delas, disparou na plataforma. Uma das mulheres recebeu no mesmo momento uma ligação no celular. Travamento total. Ainda bem que alcançaram a criança. Mas, foi mais importante atender o celular do que cuidar da criança.
CENA 3
Estou chegando ao Shopping Bourbon. Encontro uma caravana de Ribeirão Preto, que veio assistir a uma peça de teatro. Ironia das ironias. Eu, que moro ao lado do shopping, nunca fui ao cinema e ao teatro que existem no mesmo.
Presenciei três cenas curiosas hoje:
CENA 1
Rua Augusta. Calçadas repletas de gente, apressada, disputando cada centímetro. Músicos atuando. Trânsito infernal. Moradores de rua pedindo dinheiro. E duas loiras altas, talvez modelos, conversando. Uma delas exibiu os cabelos para outra e disse: "Os nossos estão assim, mas queremos mais brancos". Que problemão! O mundo vai acabar se os cabelos delas não ficarem mais claros.
CENA 2
Duas mulheres carregando imensas malas no metrô. Parada na estação Palmeiras-Barra Funda. Enroscaram-se com as malas na saída. Uma criança de uns três anos, no máximo, provavelmente filha de uma delas, disparou na plataforma. Uma das mulheres recebeu no mesmo momento uma ligação no celular. Travamento total. Ainda bem que alcançaram a criança. Mas, foi mais importante atender o celular do que cuidar da criança.
CENA 3
Estou chegando ao Shopping Bourbon. Encontro uma caravana de Ribeirão Preto, que veio assistir a uma peça de teatro. Ironia das ironias. Eu, que moro ao lado do shopping, nunca fui ao cinema e ao teatro que existem no mesmo.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
REFORMA POLÍTICA, DE NOVO
Assunto batido esse. Nossos partidos políticos nunca representaram aquilo que pretendiam. Antigamente se dizia: nada mais conservador do que um liberal no poder.
Depois, veio a República Velha, em que os políticos governavam para uma elite. A ditadura getulista criou o messianismo de um homem só. Pseudo-redemocratização depois, com os três Js: Juscelino, Jânio e João Goulart. Novamente, os partidos se degladiavam pelo poder, alguns com nuances de preocupação social. É ridículo afirmar-se que Jango, um latifundiário, fosse comunista. Mas, esse foi um dos motivos principais para o Golpe de 64.
Tivemos então a era de sombras. 20 anos aproximadamente em que vivenciamos um espectro de ditadura democrática. Um Supremo controlado e um legislativo em que ou você defendia o Golpe ou se fazia de oposição, desde que esta não abalasse os parâmetros estabelecidos pelos militares demoníacos.
Acabou a ditadura militar. Aliás, acabou mesmo? Ainda temos alguns resquícios dessa época assustadora.
Então, veio a tal liberdade política. Para quem? Temos eleições e alguma representatividade popular.
Mas, a grande maioria do povo brasileiro continua ignorante quanto aos seus direitos e deveres. E toma partido na cabeça. Já perdi a conta. 30, 40, sei lá.
Mas, o que cada um representa? Qual a diferença entre a social-democracia envergonhada praticada pelo PT e pelo PSDB? Qual a distância fundamental entre o PMDB atual e o antigo PFL, no seu gosto pelo poder? E o PT em relação ao PC do B e ao PSB? Que ideias "socialistas" os diferencia?
A própria dita oposição de esquerda o que nos demonstra? PSOL, PSTU, PCO, PCB, que propostas os distingue fundamentalmente?
Junto de todos tenta aflorar o movimento ecológico. O qual, em minha opinião, nem deveria sustentar partidos políticos. O ambientalismo transcende disputas políticas. Ocorre também que o movimento verde tem divisões. Há os que propõem a própria extinção da Humanidade. Outros convivem bem com o empresariado, quando defendem a tal de Sustentabilidade. Outros agem contra o sistema, opondo-se às próprias atividades empresariais e ao consumismo desenfreado.
Agora, o governo age contra a criação de novos partidos. Outro casuísmo. Na verdade, o PT e seus parceiros querem ficar 20, 30 anos no poder, mexicanizando o País e valorizando os seus próprios quadros.
E a reforma política continua no forno. Predomínio do econômico sobre o político, eleições sem significado, políticos profissionais, corrupção eleitoral.
Depois, veio a República Velha, em que os políticos governavam para uma elite. A ditadura getulista criou o messianismo de um homem só. Pseudo-redemocratização depois, com os três Js: Juscelino, Jânio e João Goulart. Novamente, os partidos se degladiavam pelo poder, alguns com nuances de preocupação social. É ridículo afirmar-se que Jango, um latifundiário, fosse comunista. Mas, esse foi um dos motivos principais para o Golpe de 64.
Tivemos então a era de sombras. 20 anos aproximadamente em que vivenciamos um espectro de ditadura democrática. Um Supremo controlado e um legislativo em que ou você defendia o Golpe ou se fazia de oposição, desde que esta não abalasse os parâmetros estabelecidos pelos militares demoníacos.
Acabou a ditadura militar. Aliás, acabou mesmo? Ainda temos alguns resquícios dessa época assustadora.
Então, veio a tal liberdade política. Para quem? Temos eleições e alguma representatividade popular.
Mas, a grande maioria do povo brasileiro continua ignorante quanto aos seus direitos e deveres. E toma partido na cabeça. Já perdi a conta. 30, 40, sei lá.
Mas, o que cada um representa? Qual a diferença entre a social-democracia envergonhada praticada pelo PT e pelo PSDB? Qual a distância fundamental entre o PMDB atual e o antigo PFL, no seu gosto pelo poder? E o PT em relação ao PC do B e ao PSB? Que ideias "socialistas" os diferencia?
A própria dita oposição de esquerda o que nos demonstra? PSOL, PSTU, PCO, PCB, que propostas os distingue fundamentalmente?
Junto de todos tenta aflorar o movimento ecológico. O qual, em minha opinião, nem deveria sustentar partidos políticos. O ambientalismo transcende disputas políticas. Ocorre também que o movimento verde tem divisões. Há os que propõem a própria extinção da Humanidade. Outros convivem bem com o empresariado, quando defendem a tal de Sustentabilidade. Outros agem contra o sistema, opondo-se às próprias atividades empresariais e ao consumismo desenfreado.
Agora, o governo age contra a criação de novos partidos. Outro casuísmo. Na verdade, o PT e seus parceiros querem ficar 20, 30 anos no poder, mexicanizando o País e valorizando os seus próprios quadros.
E a reforma política continua no forno. Predomínio do econômico sobre o político, eleições sem significado, políticos profissionais, corrupção eleitoral.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
SOU FEMINISTA, MAS NÃO GAY
Há algumas semanas, almocei com a minha filha perto de local onde ela estava trabalhando como temporária. Ela comentou com os colegas que eu participava intensamente da vida dela e da minha outra filha. Então recebeu a seguinte pergunta: "Seu pai não é gay?".
Já passei por situações semelhantes. Quando trabalhava numa empresa, há uns 30 anos, almoçava todos os dias com três mulheres maravilhosas, uma negra, uma nissei e uma loira. Éramos grandes amigos. Colegas afirmavam que eu era esperto, porque transava com todas, que eu era um bobão, porque não namorava com ninguém, e, pelas minhas costa, que eu era gay. Nunca disseram: "Que bonito, ele é efetivamente amigos das mulheres".
Quando nasceu minha segunda filha, um colega de trabalho insinuou que meu gene era fraco, porque somente gerava mulheres.
Mas, meu feminismo é antigo, antes mesmo do termo ser de uso corrente. Na infância, convivi com uma prima e uma menina neta de minha padrinha de batismo. Ótimas parceiras de infância. Também tinha outra amiga, vizinha de uma mulher que cuidava de mim enquanto meus pais trabalhavam.
Aos 10 anos, visitando um primo em Ribeirão Preto, fui proibido de ler um livro. Curioso, dei um jeito de pegá-lo novamente. E fiquei impressionado com a descrição de estupros e violências sexuais cometidos contra mulheres, inclusive por maridos e companheiros.
Mais tarde, no antigo Colegial e atual Segundo Grau, houve uma das famigeradas reformas educacionais do País. No terceiro ano, eu teria que optar por Ciências Exatas, Ciências Biológicas, Letras ou Administração. Eu optei por cursar Administração. Mas, ironia da História, a turma de Administração não se formou. E eu optei a cursar Letras. Éramos apenas quatro rapazes, numa turma de mais de 20 estudantes. Foi um dos melhores anos de minha vida. Não paquerei ninguém, mas as meninas eram incríveis.
Convivo hoje com mulheres especiais, que tornam o meu dia suportável. Sentirei saudades de todas, quando me aposentar. Não sou assexuado e, em algumas ocasiões, controlei meu instinto para não fazer uma besteira sexual. Mas, amo as mulheres como seres humanos e não como carne a ser consumida.
Já passei por situações semelhantes. Quando trabalhava numa empresa, há uns 30 anos, almoçava todos os dias com três mulheres maravilhosas, uma negra, uma nissei e uma loira. Éramos grandes amigos. Colegas afirmavam que eu era esperto, porque transava com todas, que eu era um bobão, porque não namorava com ninguém, e, pelas minhas costa, que eu era gay. Nunca disseram: "Que bonito, ele é efetivamente amigos das mulheres".
Quando nasceu minha segunda filha, um colega de trabalho insinuou que meu gene era fraco, porque somente gerava mulheres.
Mas, meu feminismo é antigo, antes mesmo do termo ser de uso corrente. Na infância, convivi com uma prima e uma menina neta de minha padrinha de batismo. Ótimas parceiras de infância. Também tinha outra amiga, vizinha de uma mulher que cuidava de mim enquanto meus pais trabalhavam.
Aos 10 anos, visitando um primo em Ribeirão Preto, fui proibido de ler um livro. Curioso, dei um jeito de pegá-lo novamente. E fiquei impressionado com a descrição de estupros e violências sexuais cometidos contra mulheres, inclusive por maridos e companheiros.
Mais tarde, no antigo Colegial e atual Segundo Grau, houve uma das famigeradas reformas educacionais do País. No terceiro ano, eu teria que optar por Ciências Exatas, Ciências Biológicas, Letras ou Administração. Eu optei por cursar Administração. Mas, ironia da História, a turma de Administração não se formou. E eu optei a cursar Letras. Éramos apenas quatro rapazes, numa turma de mais de 20 estudantes. Foi um dos melhores anos de minha vida. Não paquerei ninguém, mas as meninas eram incríveis.
Convivo hoje com mulheres especiais, que tornam o meu dia suportável. Sentirei saudades de todas, quando me aposentar. Não sou assexuado e, em algumas ocasiões, controlei meu instinto para não fazer uma besteira sexual. Mas, amo as mulheres como seres humanos e não como carne a ser consumida.
sábado, 20 de abril de 2013
MAIORIDADE PENAL
Um assunto que me cansa, pois não conseguimos chegar a nenhum consenso a respeito. Em outros países ditos mais organizados, a questão não suscita tantos debates inúteis.
Sim, creio que a miséria e a falta de valores pode levar um garoto financeiramente humilde ao crime. Há alguns anos, conheci um carioca cuja missão era retirar jovens do tráfico, a pedido dos pais. E muitos adolescentes afirmavam que continuariam na criminalidade, pois ganhavam por dia o que os pais recebiam de aposentadoria mensal. No ponto de vista deles, o crime compensava.
Também sabemos de jovens abonados cujos pais valorizam extremamante o consumo e deixam a educação dos filhos a cargo de babás, das empregadas domésticas ou de avós aposentados. Esses jovens muitas vezes não possuem valores éticos e cometem crimes hediondos.
Mas, como venho insistindo no Facebook, precisamos parar com o emocionalismo e praticarmos ciência. A Constituição Brasileira estabelece, em seu artigo 228, que "são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial". Nada que não possa ser emendado.
O que temos na prática? Muitos criminosos adultos cooptam menores de idade, que muitas vezes assumem crimes violentos, cometidos na verdade pelos padrinhos. Por outro lado, alguns adolescentes estão efetivamente estuprando, assassinando e sequestrando pessoas.
Sabemos que cadeia praticamente não recupera ninguém, não apenas no Brasil. Nossos presídios são na verdade escolas de crime; prender jovens com menos de 18 anos, ao lado de adultos, provavelmente os tornariam mais experientes na bandidagem.
Coloquemos uma situação. A pessoa está com o celular no bolso, hábito de muita gente. Vem um garoto e furta o aparelho. É um estágio do crime. Ou esse mesmo garoto dá um tapa no proprietário do aparelho e leva o celular. Segundo estágio. Ou ameaça com uma arma. Terceiro estágio. Ou mata a pessoa. Quarto estágio. Em caso extremo, esse menor ficará apenas três anos retido na Fundação Casa.
Acredito sim que precisamos retirar adolescentes das ruas, educá-los e projetá-los para um futuro qualificado. Inclusive quanto à paternidade e maternidade responsáveis. Hoje mesmo, andando perto de casa, encontrei uma adolescente com um bebê e depois um trio de dois rapazes e outra garota também com um bebê. Todos em esquinas do bairro. Vivem de pedir dinheiro nos farois.
Mas, o que fazer com os menores de idade que cometem crimes hediondos? E com os psicopatas? Especialistas defendem que os psicopatas devem ser excluídos da sociedade. Quanto aos demais, porque não estabelecer que cada caso seja estudado por especialistas? Quem for recuperável, devemos agir nesse sentido. Quem não for, penso que devam ser criadas prisões especiais para menores de idade.
Neste momento, temo que muito gente se armará e se vingará dos menores infratores. O pior cenário possível.
Sim, creio que a miséria e a falta de valores pode levar um garoto financeiramente humilde ao crime. Há alguns anos, conheci um carioca cuja missão era retirar jovens do tráfico, a pedido dos pais. E muitos adolescentes afirmavam que continuariam na criminalidade, pois ganhavam por dia o que os pais recebiam de aposentadoria mensal. No ponto de vista deles, o crime compensava.
Também sabemos de jovens abonados cujos pais valorizam extremamante o consumo e deixam a educação dos filhos a cargo de babás, das empregadas domésticas ou de avós aposentados. Esses jovens muitas vezes não possuem valores éticos e cometem crimes hediondos.
Mas, como venho insistindo no Facebook, precisamos parar com o emocionalismo e praticarmos ciência. A Constituição Brasileira estabelece, em seu artigo 228, que "são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial". Nada que não possa ser emendado.
O que temos na prática? Muitos criminosos adultos cooptam menores de idade, que muitas vezes assumem crimes violentos, cometidos na verdade pelos padrinhos. Por outro lado, alguns adolescentes estão efetivamente estuprando, assassinando e sequestrando pessoas.
Sabemos que cadeia praticamente não recupera ninguém, não apenas no Brasil. Nossos presídios são na verdade escolas de crime; prender jovens com menos de 18 anos, ao lado de adultos, provavelmente os tornariam mais experientes na bandidagem.
Coloquemos uma situação. A pessoa está com o celular no bolso, hábito de muita gente. Vem um garoto e furta o aparelho. É um estágio do crime. Ou esse mesmo garoto dá um tapa no proprietário do aparelho e leva o celular. Segundo estágio. Ou ameaça com uma arma. Terceiro estágio. Ou mata a pessoa. Quarto estágio. Em caso extremo, esse menor ficará apenas três anos retido na Fundação Casa.
Acredito sim que precisamos retirar adolescentes das ruas, educá-los e projetá-los para um futuro qualificado. Inclusive quanto à paternidade e maternidade responsáveis. Hoje mesmo, andando perto de casa, encontrei uma adolescente com um bebê e depois um trio de dois rapazes e outra garota também com um bebê. Todos em esquinas do bairro. Vivem de pedir dinheiro nos farois.
Mas, o que fazer com os menores de idade que cometem crimes hediondos? E com os psicopatas? Especialistas defendem que os psicopatas devem ser excluídos da sociedade. Quanto aos demais, porque não estabelecer que cada caso seja estudado por especialistas? Quem for recuperável, devemos agir nesse sentido. Quem não for, penso que devam ser criadas prisões especiais para menores de idade.
Neste momento, temo que muito gente se armará e se vingará dos menores infratores. O pior cenário possível.
ANIMAIS E GENTE
Com alguma frequência, recebo mensagens do seguinte tipo: "Quanto mais convivo com gente, mais prefiro os animais".
Em termos contextuais, a frase tem algo de antinatural. Se levada ao extremo da interpretação, significaria que desprezamos a nossa própria espécie. Mas, ela não teria algum fundamento?
Utilizarei minha gata siamesa como exemplo. A Luna completou 13 anos de idade. Está na minha família desde o seu nascimento.
Ela não está minimamente preocupada se os pelos estão caindo, se precisará adotar o corte da moda ou se necessitará pintá-los.
A comida é praticamente a mesma sempre. Ração. Ela gosta de algumas coisinhas mais. O sumo do mamão logo cedo, uma lambida em polenguinho e tomar a água onde o café é preparado. Já a flaguei tomando caldo de feijão. Não toma cuidado com o colesterol, nem liga se existe alguma gastronomia para gatos. E bebe sua aguinha sempre que possível.
Para dormir, basta um cantinho. Se tiver um cobertor, melhor ainda. Sua preferência é dormir ou sobre as minhas pernas ou ao lado da minha filha Jéssica.
Não teve filhotes. Mas, se eles existissem, não teria que ficar zelando pelos mesmos a vida toda. Provavelmente, não os veria mais; estariam todos bem ou mal cuidados nas mãos de alguns humanos. Talvez mortos por esses mesmos humanos.
O mais importante. Ela não fica tramando furtar, roubar, matar, sequestrar, destruir, prejudicar, atropelar o gato do vizinho. Aliás, ela nem sabe onde estão os outros gatos do meu prédio. Em veterinários, já vi seu instinto se manifestar, quando quis agredir um cachorro. Mas, nesse caso, os especialistas devem ter as suas explicações.
Talvez ser racional seja na verdade uma maldição que a Natureza impôs à Humanidade.
Em termos contextuais, a frase tem algo de antinatural. Se levada ao extremo da interpretação, significaria que desprezamos a nossa própria espécie. Mas, ela não teria algum fundamento?
Utilizarei minha gata siamesa como exemplo. A Luna completou 13 anos de idade. Está na minha família desde o seu nascimento.
Ela não está minimamente preocupada se os pelos estão caindo, se precisará adotar o corte da moda ou se necessitará pintá-los.
A comida é praticamente a mesma sempre. Ração. Ela gosta de algumas coisinhas mais. O sumo do mamão logo cedo, uma lambida em polenguinho e tomar a água onde o café é preparado. Já a flaguei tomando caldo de feijão. Não toma cuidado com o colesterol, nem liga se existe alguma gastronomia para gatos. E bebe sua aguinha sempre que possível.
Para dormir, basta um cantinho. Se tiver um cobertor, melhor ainda. Sua preferência é dormir ou sobre as minhas pernas ou ao lado da minha filha Jéssica.
Não teve filhotes. Mas, se eles existissem, não teria que ficar zelando pelos mesmos a vida toda. Provavelmente, não os veria mais; estariam todos bem ou mal cuidados nas mãos de alguns humanos. Talvez mortos por esses mesmos humanos.
O mais importante. Ela não fica tramando furtar, roubar, matar, sequestrar, destruir, prejudicar, atropelar o gato do vizinho. Aliás, ela nem sabe onde estão os outros gatos do meu prédio. Em veterinários, já vi seu instinto se manifestar, quando quis agredir um cachorro. Mas, nesse caso, os especialistas devem ter as suas explicações.
Talvez ser racional seja na verdade uma maldição que a Natureza impôs à Humanidade.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
RETORNANDO
Eu sou um daqueles que ficou viciado no Facebook. Mas, estou ligeiramente decepcionado com o mesmo. Os amigos postam mensagens inúmeras, muitas vezes numa quantidade que torna praticamente impossível digeri-las e comentá-las.
Para um acompanhamento adequado das mensagens postadas, teríamos, em minha opinião, de acessar o Face 24 horas por dia.
Além disso, como as discussões não são agrupadas em comunidades, saudades do Orkut, muitas vezes algumas polêmicas ficam restritas a grupos de ativistas.
Também percebi que textos digitados são pouco lidos, curtidos ou comentados. O pessoal prefere postagens com fotos ou grafismos.
Assim, estou retornando a esse blog. Onde poderei escrever tudo o que penso e soltar todos os meus monstrinhos internos. Até mais, gente.
Para um acompanhamento adequado das mensagens postadas, teríamos, em minha opinião, de acessar o Face 24 horas por dia.
Além disso, como as discussões não são agrupadas em comunidades, saudades do Orkut, muitas vezes algumas polêmicas ficam restritas a grupos de ativistas.
Também percebi que textos digitados são pouco lidos, curtidos ou comentados. O pessoal prefere postagens com fotos ou grafismos.
Assim, estou retornando a esse blog. Onde poderei escrever tudo o que penso e soltar todos os meus monstrinhos internos. Até mais, gente.
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