sexta-feira, 14 de junho de 2013

NOVAS CENAS PAULISTANAS

1. Já ouviram falar em periguete cristã? Vi uma ontem. Andando pela Paulista, havia uma moça com uma saia curtíssima. Pernas bronzeadas e, detalhe, com uma frase tatuada na coxa. Deu para ler; era um trecho de um salmo bíblico.
2. Perto do Conjunto Nacional, um garoto me perguntou: Qual a capital da França? Respondi: Paris. Ele completou: Então compre de mim e será feliz. Ele vendia balinhas. Recusei. E ele continuou: o senhor é diabético? Futuro marqueteiro; já tem os discursos de abordagem prontos.
3. Dentro do metrô, linha Amarela. De repente, toca o sinal para o fechamento das portas. E uma mulher se joga para fora. Ela saiu correndo atrás de alguém que havia furtado o seu celular. Não sabemos do fim da cena.
4. Saindo ainda ontem do metrô, estação Barra Funda. Duas moças conversando perto da UNINOVE. Creio que estavam falando do Facebook. Ouvi a seguinte frase: Se ele quisesse, poderia me aderir. Pau no cu dele. Fiquei imaginando o sofrimento do sujeito, risos. Que violência!
5. Sobre as manifestações de ontem, já as comentei no Facebook. Já fui chamado de saudosista da ditadura. Ora, existe uma relação impactante entre inflação, condições ruins no transporte público e tarifa considerada elevada. Essa tarifa hoje já é subsidiada. Pode ser zerada? Sim, desde que alguém assuma todos os custos, estimados pelo atual Prefeito de São Paulo em 6 bilhões de reais. A polícia agiu despropositalmente nos últimos dias? Sim. Mas, os manifestantes não querem se aprofundar na questão e propor medidas racionais para a redução dessa tarifa. Querem impor soluções à força e me param justamente os locais críticos da cidade. Não aceito a repressão estúpida da polícia, mas não admito o vandalismo puro e simples.
6. Encerrando. Como as pessoas estão concentradas em si mesmo! Um casal de idosos entrou no metrô hoje. A senhora sentou logo no banco apropriado; o senhor ficou meio perdido e ninguém lhe ofereceu um lugar. Interferi e ele sentou.

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