Não fiquem surpresos com o título deste texto. O explicarei a seguir.
Há muitos críticos contando os dias, para o fim do Governo Lula. Serão mais 22 meses. Não sou de embarcar em ondas, porém reconheço que estou decepcionado com o barbudo. Os petistas, ideológicos ou não, dirão que é lamento de elite. Aliás, eu nem sabia que pertencia a uma elite.
Nasci de família humilde, porém lutadora, formada por pais operários. Estudei e muito; tive a oportunidade de lidar com professores dedicados e interessados. Consegui concluir duas faculdades, tornei-me executivo médio de uma empresa, não me deixei abater por uma demissão causada por transtornos de mercado, passei a atuar como professor e estou servidor público.
Se isso tudo me caracteriza como membro de uma elite, talvez seja de um grupo que acredita na leitura, na pesquisa, no estudo, na ação que transforma.
Mas, fixemo-nos no título deste artigo. Pode ser considerada uma piada por muitos, mas para mim houve uma administração continuada. O Sr. Fernando Henrique tentou dar dignidade ao cargo, abalado pelo desastre Collor, adotou uma filosofia gerencial mais próxima do neoliberalismo, com tons de social-democracia. Quando se esperava uma revolução vermelho-petista, o que temos hoje?
Uma reforma agrária confusa, bancos lucrando como nunca, um salário mínimo medíocre, um governo sitiado pelos fisiológicos de sempre e promessas não cumpridas de um desenvolvimento sustentável.
Temos agora uma crise econômica a nos cutucar, importada, porém presente, antes considerada uma marolinha, agora algo consistente e que deve durar pelo menos mais um ano.
A razão principal de eu considerar uma administração só reside nos meus questionamentos de sempre: o que foi feito pela saúde nacional nesses 14 anos? E pela educação? Quando teremos uma tecnologia de ponta, que nos torne solicitados e respeitados pelo mundo?
Ou continuaremos sendo um povo feliz porque possui “o melhor” futebol do mundo, um Carnaval agitadíssimo, praias lindas e um calor que beira o infernal? Presidentes, ministros, governadores, prefeitos, senadores, deputados, vereadores: NÃO BASTA O BOLSA-FAMÍLIA!
Um comentário:
Como dizem, "tô bege"
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