A Constituição Brasileira prevê que o salário mínimo seja nacional e capaz de atender às necessidades vitais básicas pessoais e às de uma família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo.
Conforme cálculos do DIEESE, o valor desse mínimo, em outubro de 2008, deveria ser de R$ 2.014,73, para uma família de dois adultos e duas crianças (dividindo por três, pois as duas crianças, juntas, se equivaleriam a um adulto, teríamos um valor médio de R$ 671,57). Formando-se apenas o casal, portanto, a renda necessária deveria ser de R$ 1343,14.
Boa parte de nossa população, no entanto, ganha menos que isso e ainda insiste, inspirada por igrejas e pela eterna esperança, em gerar uma penca de filhos. Essas crianças, numa análise bastante simplória, poderão ser os excluídos e revoltados de amanhã, os iletrados, possíveis marginais a viver de expedientes nem sempre lícitos. Nem todos, felizmente, mas seguramente serão pessoas correndo riscos.
Como me parece não haver nenhuma intenção política de melhorar esse salário, proponho uma medida extrema: façamos uma greve demográfica – ninguém com baixo salário terá mais filhos. Diminuiríamos também o tal exército de reserva, isto é, a mão de obra que aceita qualquer emprego, qualquer salário para apenas sobreviver (as operadoras de telemarketing são um exemplo claro disso – as empresas podem demitir à vontade, pois há magotes de pessoas batendo às suas portas).
Tendo em vista que as pessoas com melhor remuneração estão optando por poucos ou nenhum filho, já, possivelmente teríamos uma redução drástica na população brasileira. Aplicando a mesma fórmula a outros países, observando-se o poder aquisitivo de cada povo, em médio prazo a humanidade seria bem reduzida e talvez até extinta. Não sou radical a ponto de desejar a extinção da Humanidade, mas a sofrida mãe Terra agradeceria, pois somos os maiores predadores do planeta.
Um comentário:
Predadores? Seríamos se nossas ações fossem motivadas pelo instinto de sobrevivência. Isso ficou no passado alguns anos. Entendo que as ações dos "humanóides" (pura influência de Spock)de hoje são de típicos depredadores. Bem, deixando de lado o assunto nomeclaturas, além de decrescimento demográfico, sou totalmente a favor a uma companha esclarecedora e incentivadora para adoção de crianças. Quantas vagueiam sem lar e sem milhares de itens que constroem o caráter de um ser? Ass. aluna rebelde, só hoje...
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