sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

RONALDO OU QUANDO UMA CELEBRIDADE DEVE CALAR A BOCA

O pai do atual presidente dos EUA, quando exercia o mesmo cargo, deu na época uma entrevista em que, entre outros assuntos, informava que não gostava de brócolis. Alguns dias depois, os produtores desse vegetal fizeram com tratores um grande protesto na capital norte-americana, Washington, contra a declaração do presidente. Motivo? A opinião de uma celebridade tão famosa poderia influenciar o gosto dos consumidores, que poderiam reduzir o consumo desse produto.
Brócolis à parte, lembrei desse fato quando li, no jornal O Estado de São Paulo, de 30 de dezembro de 2008, a entrevista dada pelo Ronaldo, novo jogador do Corinthians.
Ele afirmou que sua vida particular não diz respeito a ninguém. Ora, me parece que uma vida de diversões noturnas não é compatível com a manutenção da forma física de um atleta. Não sou corinthiano, mas sei que a torcida é fanática e cobrará, seu Ronaldo, os resultados em breve.
Mas, o que motivou a escrever esse texto, foi o absoluto machismo demonstrado pelo moço, quando se referiu a sua filha, a Maria Sophia.
Declarou-se um total inútil nos cuidados necessários com a menina. Não tem leite no peito, não sabe trocar fraldas e, nesse período, conforme suas palavras "ela só chora, caga e mama".
Ronaldo, em que mundo você vive? Agora, um monte de torcedores de futebol, seus fãs, poderão dizer a mesma coisa a suas sofridas esposas; encontraram um arauto para seu comportamento não participante.
Eu me orgulho de ter limpado minhas duas filhas, de ter dado banho nas duas, de ter trocado fraldas, de tê-las feito dormir em paz com cantos suaves, de tê-las acompanhado ao pediatra, de tê-las acompanhado ao cinema e ao teatro (até em show do Menudo fui!). Penso até que fiz pouco. São as minhas melhores amigas hoje.
Você não sabe, Ronaldo, o que você está perdendo. É mais um infeliz que provavelmente, quando acabar a fama, estará entregue às traças. Pobre Maria Sophia, torço pela sua felicidade, mas com um pai desses, não sei não! Espero estar profundamente enganado, saliento, pois as pessoas podem mudar seu comportamento.

Um comentário:

Graciane disse...

Ser pai vai além de doar esperma. Alguém avisou?