Assunto batido esse. Nossos partidos políticos nunca representaram aquilo que pretendiam. Antigamente se dizia: nada mais conservador do que um liberal no poder.
Depois, veio a República Velha, em que os políticos governavam para uma elite. A ditadura getulista criou o messianismo de um homem só. Pseudo-redemocratização depois, com os três Js: Juscelino, Jânio e João Goulart. Novamente, os partidos se degladiavam pelo poder, alguns com nuances de preocupação social. É ridículo afirmar-se que Jango, um latifundiário, fosse comunista. Mas, esse foi um dos motivos principais para o Golpe de 64.
Tivemos então a era de sombras. 20 anos aproximadamente em que vivenciamos um espectro de ditadura democrática. Um Supremo controlado e um legislativo em que ou você defendia o Golpe ou se fazia de oposição, desde que esta não abalasse os parâmetros estabelecidos pelos militares demoníacos.
Acabou a ditadura militar. Aliás, acabou mesmo? Ainda temos alguns resquícios dessa época assustadora.
Então, veio a tal liberdade política. Para quem? Temos eleições e alguma representatividade popular.
Mas, a grande maioria do povo brasileiro continua ignorante quanto aos seus direitos e deveres. E toma partido na cabeça. Já perdi a conta. 30, 40, sei lá.
Mas, o que cada um representa? Qual a diferença entre a social-democracia envergonhada praticada pelo PT e pelo PSDB? Qual a distância fundamental entre o PMDB atual e o antigo PFL, no seu gosto pelo poder? E o PT em relação ao PC do B e ao PSB? Que ideias "socialistas" os diferencia?
A própria dita oposição de esquerda o que nos demonstra? PSOL, PSTU, PCO, PCB, que propostas os distingue fundamentalmente?
Junto de todos tenta aflorar o movimento ecológico. O qual, em minha opinião, nem deveria sustentar partidos políticos. O ambientalismo transcende disputas políticas. Ocorre também que o movimento verde tem divisões. Há os que propõem a própria extinção da Humanidade. Outros convivem bem com o empresariado, quando defendem a tal de Sustentabilidade. Outros agem contra o sistema, opondo-se às próprias atividades empresariais e ao consumismo desenfreado.
Agora, o governo age contra a criação de novos partidos. Outro casuísmo. Na verdade, o PT e seus parceiros querem ficar 20, 30 anos no poder, mexicanizando o País e valorizando os seus próprios quadros.
E a reforma política continua no forno. Predomínio do econômico sobre o político, eleições sem significado, políticos profissionais, corrupção eleitoral.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
segunda-feira, 22 de abril de 2013
SOU FEMINISTA, MAS NÃO GAY
Há algumas semanas, almocei com a minha filha perto de local onde ela estava trabalhando como temporária. Ela comentou com os colegas que eu participava intensamente da vida dela e da minha outra filha. Então recebeu a seguinte pergunta: "Seu pai não é gay?".
Já passei por situações semelhantes. Quando trabalhava numa empresa, há uns 30 anos, almoçava todos os dias com três mulheres maravilhosas, uma negra, uma nissei e uma loira. Éramos grandes amigos. Colegas afirmavam que eu era esperto, porque transava com todas, que eu era um bobão, porque não namorava com ninguém, e, pelas minhas costa, que eu era gay. Nunca disseram: "Que bonito, ele é efetivamente amigos das mulheres".
Quando nasceu minha segunda filha, um colega de trabalho insinuou que meu gene era fraco, porque somente gerava mulheres.
Mas, meu feminismo é antigo, antes mesmo do termo ser de uso corrente. Na infância, convivi com uma prima e uma menina neta de minha padrinha de batismo. Ótimas parceiras de infância. Também tinha outra amiga, vizinha de uma mulher que cuidava de mim enquanto meus pais trabalhavam.
Aos 10 anos, visitando um primo em Ribeirão Preto, fui proibido de ler um livro. Curioso, dei um jeito de pegá-lo novamente. E fiquei impressionado com a descrição de estupros e violências sexuais cometidos contra mulheres, inclusive por maridos e companheiros.
Mais tarde, no antigo Colegial e atual Segundo Grau, houve uma das famigeradas reformas educacionais do País. No terceiro ano, eu teria que optar por Ciências Exatas, Ciências Biológicas, Letras ou Administração. Eu optei por cursar Administração. Mas, ironia da História, a turma de Administração não se formou. E eu optei a cursar Letras. Éramos apenas quatro rapazes, numa turma de mais de 20 estudantes. Foi um dos melhores anos de minha vida. Não paquerei ninguém, mas as meninas eram incríveis.
Convivo hoje com mulheres especiais, que tornam o meu dia suportável. Sentirei saudades de todas, quando me aposentar. Não sou assexuado e, em algumas ocasiões, controlei meu instinto para não fazer uma besteira sexual. Mas, amo as mulheres como seres humanos e não como carne a ser consumida.
Já passei por situações semelhantes. Quando trabalhava numa empresa, há uns 30 anos, almoçava todos os dias com três mulheres maravilhosas, uma negra, uma nissei e uma loira. Éramos grandes amigos. Colegas afirmavam que eu era esperto, porque transava com todas, que eu era um bobão, porque não namorava com ninguém, e, pelas minhas costa, que eu era gay. Nunca disseram: "Que bonito, ele é efetivamente amigos das mulheres".
Quando nasceu minha segunda filha, um colega de trabalho insinuou que meu gene era fraco, porque somente gerava mulheres.
Mas, meu feminismo é antigo, antes mesmo do termo ser de uso corrente. Na infância, convivi com uma prima e uma menina neta de minha padrinha de batismo. Ótimas parceiras de infância. Também tinha outra amiga, vizinha de uma mulher que cuidava de mim enquanto meus pais trabalhavam.
Aos 10 anos, visitando um primo em Ribeirão Preto, fui proibido de ler um livro. Curioso, dei um jeito de pegá-lo novamente. E fiquei impressionado com a descrição de estupros e violências sexuais cometidos contra mulheres, inclusive por maridos e companheiros.
Mais tarde, no antigo Colegial e atual Segundo Grau, houve uma das famigeradas reformas educacionais do País. No terceiro ano, eu teria que optar por Ciências Exatas, Ciências Biológicas, Letras ou Administração. Eu optei por cursar Administração. Mas, ironia da História, a turma de Administração não se formou. E eu optei a cursar Letras. Éramos apenas quatro rapazes, numa turma de mais de 20 estudantes. Foi um dos melhores anos de minha vida. Não paquerei ninguém, mas as meninas eram incríveis.
Convivo hoje com mulheres especiais, que tornam o meu dia suportável. Sentirei saudades de todas, quando me aposentar. Não sou assexuado e, em algumas ocasiões, controlei meu instinto para não fazer uma besteira sexual. Mas, amo as mulheres como seres humanos e não como carne a ser consumida.
sábado, 20 de abril de 2013
MAIORIDADE PENAL
Um assunto que me cansa, pois não conseguimos chegar a nenhum consenso a respeito. Em outros países ditos mais organizados, a questão não suscita tantos debates inúteis.
Sim, creio que a miséria e a falta de valores pode levar um garoto financeiramente humilde ao crime. Há alguns anos, conheci um carioca cuja missão era retirar jovens do tráfico, a pedido dos pais. E muitos adolescentes afirmavam que continuariam na criminalidade, pois ganhavam por dia o que os pais recebiam de aposentadoria mensal. No ponto de vista deles, o crime compensava.
Também sabemos de jovens abonados cujos pais valorizam extremamante o consumo e deixam a educação dos filhos a cargo de babás, das empregadas domésticas ou de avós aposentados. Esses jovens muitas vezes não possuem valores éticos e cometem crimes hediondos.
Mas, como venho insistindo no Facebook, precisamos parar com o emocionalismo e praticarmos ciência. A Constituição Brasileira estabelece, em seu artigo 228, que "são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial". Nada que não possa ser emendado.
O que temos na prática? Muitos criminosos adultos cooptam menores de idade, que muitas vezes assumem crimes violentos, cometidos na verdade pelos padrinhos. Por outro lado, alguns adolescentes estão efetivamente estuprando, assassinando e sequestrando pessoas.
Sabemos que cadeia praticamente não recupera ninguém, não apenas no Brasil. Nossos presídios são na verdade escolas de crime; prender jovens com menos de 18 anos, ao lado de adultos, provavelmente os tornariam mais experientes na bandidagem.
Coloquemos uma situação. A pessoa está com o celular no bolso, hábito de muita gente. Vem um garoto e furta o aparelho. É um estágio do crime. Ou esse mesmo garoto dá um tapa no proprietário do aparelho e leva o celular. Segundo estágio. Ou ameaça com uma arma. Terceiro estágio. Ou mata a pessoa. Quarto estágio. Em caso extremo, esse menor ficará apenas três anos retido na Fundação Casa.
Acredito sim que precisamos retirar adolescentes das ruas, educá-los e projetá-los para um futuro qualificado. Inclusive quanto à paternidade e maternidade responsáveis. Hoje mesmo, andando perto de casa, encontrei uma adolescente com um bebê e depois um trio de dois rapazes e outra garota também com um bebê. Todos em esquinas do bairro. Vivem de pedir dinheiro nos farois.
Mas, o que fazer com os menores de idade que cometem crimes hediondos? E com os psicopatas? Especialistas defendem que os psicopatas devem ser excluídos da sociedade. Quanto aos demais, porque não estabelecer que cada caso seja estudado por especialistas? Quem for recuperável, devemos agir nesse sentido. Quem não for, penso que devam ser criadas prisões especiais para menores de idade.
Neste momento, temo que muito gente se armará e se vingará dos menores infratores. O pior cenário possível.
Sim, creio que a miséria e a falta de valores pode levar um garoto financeiramente humilde ao crime. Há alguns anos, conheci um carioca cuja missão era retirar jovens do tráfico, a pedido dos pais. E muitos adolescentes afirmavam que continuariam na criminalidade, pois ganhavam por dia o que os pais recebiam de aposentadoria mensal. No ponto de vista deles, o crime compensava.
Também sabemos de jovens abonados cujos pais valorizam extremamante o consumo e deixam a educação dos filhos a cargo de babás, das empregadas domésticas ou de avós aposentados. Esses jovens muitas vezes não possuem valores éticos e cometem crimes hediondos.
Mas, como venho insistindo no Facebook, precisamos parar com o emocionalismo e praticarmos ciência. A Constituição Brasileira estabelece, em seu artigo 228, que "são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial". Nada que não possa ser emendado.
O que temos na prática? Muitos criminosos adultos cooptam menores de idade, que muitas vezes assumem crimes violentos, cometidos na verdade pelos padrinhos. Por outro lado, alguns adolescentes estão efetivamente estuprando, assassinando e sequestrando pessoas.
Sabemos que cadeia praticamente não recupera ninguém, não apenas no Brasil. Nossos presídios são na verdade escolas de crime; prender jovens com menos de 18 anos, ao lado de adultos, provavelmente os tornariam mais experientes na bandidagem.
Coloquemos uma situação. A pessoa está com o celular no bolso, hábito de muita gente. Vem um garoto e furta o aparelho. É um estágio do crime. Ou esse mesmo garoto dá um tapa no proprietário do aparelho e leva o celular. Segundo estágio. Ou ameaça com uma arma. Terceiro estágio. Ou mata a pessoa. Quarto estágio. Em caso extremo, esse menor ficará apenas três anos retido na Fundação Casa.
Acredito sim que precisamos retirar adolescentes das ruas, educá-los e projetá-los para um futuro qualificado. Inclusive quanto à paternidade e maternidade responsáveis. Hoje mesmo, andando perto de casa, encontrei uma adolescente com um bebê e depois um trio de dois rapazes e outra garota também com um bebê. Todos em esquinas do bairro. Vivem de pedir dinheiro nos farois.
Mas, o que fazer com os menores de idade que cometem crimes hediondos? E com os psicopatas? Especialistas defendem que os psicopatas devem ser excluídos da sociedade. Quanto aos demais, porque não estabelecer que cada caso seja estudado por especialistas? Quem for recuperável, devemos agir nesse sentido. Quem não for, penso que devam ser criadas prisões especiais para menores de idade.
Neste momento, temo que muito gente se armará e se vingará dos menores infratores. O pior cenário possível.
ANIMAIS E GENTE
Com alguma frequência, recebo mensagens do seguinte tipo: "Quanto mais convivo com gente, mais prefiro os animais".
Em termos contextuais, a frase tem algo de antinatural. Se levada ao extremo da interpretação, significaria que desprezamos a nossa própria espécie. Mas, ela não teria algum fundamento?
Utilizarei minha gata siamesa como exemplo. A Luna completou 13 anos de idade. Está na minha família desde o seu nascimento.
Ela não está minimamente preocupada se os pelos estão caindo, se precisará adotar o corte da moda ou se necessitará pintá-los.
A comida é praticamente a mesma sempre. Ração. Ela gosta de algumas coisinhas mais. O sumo do mamão logo cedo, uma lambida em polenguinho e tomar a água onde o café é preparado. Já a flaguei tomando caldo de feijão. Não toma cuidado com o colesterol, nem liga se existe alguma gastronomia para gatos. E bebe sua aguinha sempre que possível.
Para dormir, basta um cantinho. Se tiver um cobertor, melhor ainda. Sua preferência é dormir ou sobre as minhas pernas ou ao lado da minha filha Jéssica.
Não teve filhotes. Mas, se eles existissem, não teria que ficar zelando pelos mesmos a vida toda. Provavelmente, não os veria mais; estariam todos bem ou mal cuidados nas mãos de alguns humanos. Talvez mortos por esses mesmos humanos.
O mais importante. Ela não fica tramando furtar, roubar, matar, sequestrar, destruir, prejudicar, atropelar o gato do vizinho. Aliás, ela nem sabe onde estão os outros gatos do meu prédio. Em veterinários, já vi seu instinto se manifestar, quando quis agredir um cachorro. Mas, nesse caso, os especialistas devem ter as suas explicações.
Talvez ser racional seja na verdade uma maldição que a Natureza impôs à Humanidade.
Em termos contextuais, a frase tem algo de antinatural. Se levada ao extremo da interpretação, significaria que desprezamos a nossa própria espécie. Mas, ela não teria algum fundamento?
Utilizarei minha gata siamesa como exemplo. A Luna completou 13 anos de idade. Está na minha família desde o seu nascimento.
Ela não está minimamente preocupada se os pelos estão caindo, se precisará adotar o corte da moda ou se necessitará pintá-los.
A comida é praticamente a mesma sempre. Ração. Ela gosta de algumas coisinhas mais. O sumo do mamão logo cedo, uma lambida em polenguinho e tomar a água onde o café é preparado. Já a flaguei tomando caldo de feijão. Não toma cuidado com o colesterol, nem liga se existe alguma gastronomia para gatos. E bebe sua aguinha sempre que possível.
Para dormir, basta um cantinho. Se tiver um cobertor, melhor ainda. Sua preferência é dormir ou sobre as minhas pernas ou ao lado da minha filha Jéssica.
Não teve filhotes. Mas, se eles existissem, não teria que ficar zelando pelos mesmos a vida toda. Provavelmente, não os veria mais; estariam todos bem ou mal cuidados nas mãos de alguns humanos. Talvez mortos por esses mesmos humanos.
O mais importante. Ela não fica tramando furtar, roubar, matar, sequestrar, destruir, prejudicar, atropelar o gato do vizinho. Aliás, ela nem sabe onde estão os outros gatos do meu prédio. Em veterinários, já vi seu instinto se manifestar, quando quis agredir um cachorro. Mas, nesse caso, os especialistas devem ter as suas explicações.
Talvez ser racional seja na verdade uma maldição que a Natureza impôs à Humanidade.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
RETORNANDO
Eu sou um daqueles que ficou viciado no Facebook. Mas, estou ligeiramente decepcionado com o mesmo. Os amigos postam mensagens inúmeras, muitas vezes numa quantidade que torna praticamente impossível digeri-las e comentá-las.
Para um acompanhamento adequado das mensagens postadas, teríamos, em minha opinião, de acessar o Face 24 horas por dia.
Além disso, como as discussões não são agrupadas em comunidades, saudades do Orkut, muitas vezes algumas polêmicas ficam restritas a grupos de ativistas.
Também percebi que textos digitados são pouco lidos, curtidos ou comentados. O pessoal prefere postagens com fotos ou grafismos.
Assim, estou retornando a esse blog. Onde poderei escrever tudo o que penso e soltar todos os meus monstrinhos internos. Até mais, gente.
Para um acompanhamento adequado das mensagens postadas, teríamos, em minha opinião, de acessar o Face 24 horas por dia.
Além disso, como as discussões não são agrupadas em comunidades, saudades do Orkut, muitas vezes algumas polêmicas ficam restritas a grupos de ativistas.
Também percebi que textos digitados são pouco lidos, curtidos ou comentados. O pessoal prefere postagens com fotos ou grafismos.
Assim, estou retornando a esse blog. Onde poderei escrever tudo o que penso e soltar todos os meus monstrinhos internos. Até mais, gente.
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