2008 foi um ano pródigo em crimes que despertaram o interesse da mídia e mantiveram os telespectadores, principalmente estes, atentos à programação.
No meu caso, fiquei cismado com um tema pouco explorado nessas situações: o papel das mães, tanto de vítimas como de suspeitos.
Citemos alguns exemplos. O promotor Thales Ferri Schoedl atirou e matou Diego Modanez; foi absolvido pelos seus pares sob o argumento de legítima defesa. De um lado, sua mãe o apoiou integralmente; de outro, ficou a gritar por justiça a mãe de Diego.
Renato Correia Brito, William de Brito Silva e Wagner da Silva foram condenados em primeira instância pela acusação de assassinato de Vanessa Batista de Freitas. A mãe dos dois primeiros sempre alegou que eram inocentes da acusação. Quando um outro suspeito confessou o crime, ela se regozijou com o fato. No entanto, a mãe de Vanessa insistiu pela mídia sobre a culpabilidade dos três.
E a mãe de Lindemberg Alves, como ficou? Muitos consideravam o rapaz calmo, trabalhador, sério. De repente, descobrimos que ele pode ser considerado um psicopata, obcecado pela namorada. E a mãe de Eloá Pimentel, assassinada por ele? Ela na verdade assumiu os papéis de mãe e pai, pois seu marido era foragido da justiça alagoana.
Será que ser mãe é realmente padecer no Paraíso? É defender sua prole mesmo quando esta se apresenta como um perigo para os demais membros da sociedade? Até que ponto uma mãe tem o direito natural de ferir princípios éticos, preservando a sobrevivência da espécie?
Deixo aqui um desafio para um estudo a ser feito pela Ciência.
Um comentário:
Caraca... isso me fez pensar se quero mesm ser mamãe!
Brincadeirinhaaaaaa. Acredito que Mr. Spok diria "ser mãe é ser ilógico".
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