Estamos sendo bombardeados, diariamente, sobre notícias tétricas sobre a Natureza. Descongelamento de geleiras, fissuras em blocos de gelo dos pólos, desmatamento acelerado, extinção de milhares de espécies animais, poluição sendo exportada pelo Estado de São Paulo, chuvas torrenciais onde chovia pouco, desertificação, terremotos imprevistos, etc.
Fala-se muito em reciclagem. Eu mesmo estou separando dois terços do meu lixo, para reaproveitamento pelas indústrias. Discute-se muito o conceito de desenvolvimento sustentável, aliado ao consumo responsável.
O cientista Paulo Vanzolini, em entrevista na Folha de São Paulo, detonou esse conceito de desenvolvimento, utilizando um argumento simplório. Enquanto pessoas estiverem nascendo, terão que consumir pelo menos alimentos. Podemos concluir, a partir dessa afirmativa, que mais terras serão desmatadas, mais consumo teremos, mais poluição obteremos. E os demais animais, exceto talvez os insetos, os ratos, as bactérias e os vírus, terão que ser expulsos dos seus habitats naturais, para dar espaço ao homen sapiens.
Não seria o momento de pensarmos mais dramaticamente? Queremos efetivamente que a Terra tenha algum futuro? Além de diminuirmos o consumo, não seria o momento de congelarmos o crescimento populacional? Temos hoje instrumentos técnicos para tanto: podemos dissociar o prazer sexual da geração de mais crianças. Basta o uso de uma camisinha ou, em casos mais extremos, de cirurgias como a vasectomia e a ligação das trompas. Se conseguirmos que a população do planeta fique brecada nos atuais 6 bilhões, já seria um grande sucesso. Mas, poderíamos ir além e baixar esse número para 3, ou até mesmo 2 bilhões de habitantes.
Não sou radical. Sei de movimentos no Exterior que propõem até a extinção pura e simples da Humanidade. Não gozam de minha simpatia e apoio, mas seus argumentos são poderosos.
Está na hora de pensar. Meu avô se tornou avô lá pelos 40 anos de idade, meu pai com 51 e eu, provavelmente, o serei com uns 58. Espero que a minha neta ou neto, se acontecer, sejam avós com uns 60 ou mais anos de idade. Precisamos nos educar para tanto.
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