Desde a era em que vivíamos nas cavernas, mantemos alguns hábitos que parecem não mudar nunca.
BUSCA PELO PODER
Em certo momento de sua História, o homem primitivo resolveu dominar outros homens. Pela força física, pela violência armada, depois pela inteligência e pela manipulação política. O que fazem os políticos atualmente? Uma parte defende suas ideologias como verdadeiros dogmas religiosos, outros vivem de práticas fisiológicas. Mas, o objetivo é um só: PODER. Como salientou recentemente o Ministro Joaquim Barbosa: nossos partidos são de mentirinha. Mas, essa praga existe no mundo inteiro.
DOMINAÇÃO SOBRE AS MULHERES
Pelo que estudei no passado, nas eras primitivas a sociedade era matriarcal. Havia em torno da mulher uma construção social. Depois, o homem foi desvalorizando cada vez a mulher, muitas vezes se baseando nas religiões que tornaram o sexo feminino como fonte diabólica de prazeres. Ainda temos muito caminho a percorrer, para liberar definitivamente a mulher de preconceitos e violências praticadas pelos homens, que ainda agem como proprietários delas.
ESCRAVIDÃO
Outra doença social, que continua nos afetando. No passado, os vencedores de guerras escravizavam os derrotados. Então, brancos escravizavam brancos, negros sujeitavam negros e orientais humilhavam orientais. No entanto, nos últimos séculos, os brancos precisaram de mão de obra barata e foram buscá-la na África combalida. Destruíram diversos núcleos humanos e tornaram o continente africano um palco das piores mazelas até hoje. Onde foram escravizados, os negros lutam hoje por dignidade. Alguns se acomodaram num auto-desprezo doentio e amargo. E ainda temos em paralelo outros níveis de escravidão, principalmente no trabalho e em relação a mulheres prostituídas. A vigilância moral deve ser permanente, para liquidar esses processos de humilhação humana.
MISTICISMO E RELIGIÃO
Novamente, temos aqui a ação do homem primitivo. Sentindo-se inferiorizado perante as forças da Natureza, nosso antepassado desenvolveu a ideia do sobrenatural. Muitos deuses foram criados e cultuados. Depois, criaram-se as religiões monoteístas. E os dogmas próprios. Acredito como alguns que podemos viver sem religiões; não podemos viver sem valores morais. O risco que sofremos é que os dogmas religiosos originem fanatismos e se oponham aos valores morais que instituíram a civilização humana. Precisamos educar as pessoas sob o princípio da tolerância e da verdadeira democracia.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
HOMENS E MULHERES PODEM SER AMIGOS?
Essa é uma pergunta que nenhum pensador tem a resposta. Existe entre nós o tal instinto sexual; o ser humano vive praticamente em cio permanente.
Mas, criamos uma civilização em que o sexo deve ser praticado entre pessoas com alguma afinidade, entre quatro paredes.
O mundo moderno coloca, porém, homens e mulheres em convivências diárias. Nos escritórios, os dois sexos passam juntos em torno de 10 horas. Muitas pessoas se relacionam mais tempo com colegas de trabalho mais do que com as próprias esposas e maridos.
Eu trabalho num local em que as mulheres predominam. A quase totalidade é elegante e muitas são belíssimas.
Como agir? Eu nunca me envolvi com nenhuma delas. Mas, adoro várias de modo digamos platônico. Somos amigos, porém?
Entra então a problemática do machismo. Suponhamos que eu aparecesse na casa de uma delas, como visita inesperada, será que o companheiro aceitaria?
Ou uma delas me visitasse repentinamente, será que a minha esposa a receberia bem?
Difícil. Eu prefiro a amizade de uma mulher; posso conversar com qualquer uma sobre assuntos variados. Geralmente, em encontros masculinos, somente se fala de sexo e futebol. O papo é medíocre. Sei, no entanto, que quando me aposentar (já acontece isso com ex-alunas e colegas de faculdade), nunca mais verei grande parte das minhas colegas de trabalho. É a vida!
Mas, criamos uma civilização em que o sexo deve ser praticado entre pessoas com alguma afinidade, entre quatro paredes.
O mundo moderno coloca, porém, homens e mulheres em convivências diárias. Nos escritórios, os dois sexos passam juntos em torno de 10 horas. Muitas pessoas se relacionam mais tempo com colegas de trabalho mais do que com as próprias esposas e maridos.
Eu trabalho num local em que as mulheres predominam. A quase totalidade é elegante e muitas são belíssimas.
Como agir? Eu nunca me envolvi com nenhuma delas. Mas, adoro várias de modo digamos platônico. Somos amigos, porém?
Entra então a problemática do machismo. Suponhamos que eu aparecesse na casa de uma delas, como visita inesperada, será que o companheiro aceitaria?
Ou uma delas me visitasse repentinamente, será que a minha esposa a receberia bem?
Difícil. Eu prefiro a amizade de uma mulher; posso conversar com qualquer uma sobre assuntos variados. Geralmente, em encontros masculinos, somente se fala de sexo e futebol. O papo é medíocre. Sei, no entanto, que quando me aposentar (já acontece isso com ex-alunas e colegas de faculdade), nunca mais verei grande parte das minhas colegas de trabalho. É a vida!
BAYERN
Quando cito que torço para o Bayern de Munique, há sempre um estranhamento entre as pessoas. Muitos acreditam que é uma fuga minha do desempenho ruim do Palmeiras. Asseguro que não é isso.
Há vários anos, ouvi comentários de que a Alemanha praticava um futebol que não era futebol. Talvez resquícios de uma certa decepção com a derrota da Hungria em 1954.
Mas, um país que ganhou diversos títulos, com clubes e seleções, devia ter os seus méritos pensei. E passei a acompanhar razoavelmente o futebol alemão.
O Bayern deu uma lição num time brasileiro, o Cruzeiro. E passei a respeitá-lo. Recebi até um livro do clube, contando detalhes sobre sua história.
Ontem, assisti a sua partida com o Borrussia Dortmund e, confesso, torci pela sua vitória. Viva o Bayern que, espero, será o próximo campeão mundial interclubes. Os brasileiros presunçosos já começam a falar no Atlético Mineiro como campeão da Libertadores. Será? Mas, o título mundial em minha opinião já tem dono.
Há vários anos, ouvi comentários de que a Alemanha praticava um futebol que não era futebol. Talvez resquícios de uma certa decepção com a derrota da Hungria em 1954.
Mas, um país que ganhou diversos títulos, com clubes e seleções, devia ter os seus méritos pensei. E passei a acompanhar razoavelmente o futebol alemão.
O Bayern deu uma lição num time brasileiro, o Cruzeiro. E passei a respeitá-lo. Recebi até um livro do clube, contando detalhes sobre sua história.
Ontem, assisti a sua partida com o Borrussia Dortmund e, confesso, torci pela sua vitória. Viva o Bayern que, espero, será o próximo campeão mundial interclubes. Os brasileiros presunçosos já começam a falar no Atlético Mineiro como campeão da Libertadores. Será? Mas, o título mundial em minha opinião já tem dono.
VIZINHOS
Desde que casei, sempre morei em apartamento. Num deles, lá no Jabaquara, uma vizinha implicou com o barulho de um chuveirinho que eu utilizava para dar banho em uma das minhas filhas. No atual, uma vizinha reclamava até do meu caminhar pelo apartamento. Em outro, virei síndico e tive que ser mediador em diversos conflitos.
Estou escrevendo tudo isso em função do choque da notícia em que um empresário assassinou um casal de vizinhos e depois cometeu suicídio.
E a pergunta que não quer calar: como impedir desgraças desse tipo? Recentemente, conheci uma pessoa que me disse que todos nós temos o nosso lado monstrinho. Precisamos sempre agir racionalmente e controlá-lo pelo visto. Quantos de nós já não tiveram a vontade de esganar um vizinho ou arrancar os cabelos de um transeunte ou motorista?
Prédios são comunidades curiosas. Quase ninguém efetivamente se conhece. As pessoas saem para trabalhar e estudar, nos horários mais diversos, retornam impessoalmente e continuam suas vidinhas.
No caso das mortes da notícia, não havia acordo possível? O empresário, segundo sua própria esposa, era doente e com mania de perseguição. E possuía dois revólveres em casa. Será que a família dele não se omitiu, não deveria tê-lo internado? Ou sumido com as armas?
Sei de um caso mais antigo, em que um morador de outro prédio instalou, no apartamento do vizinho, uma proteção antirruído. Não seria um bom procedimento a ser empregado nesses casos?
Pensemos. Quem sabe os condomínios não devam contratar uma junta de psiquiatras e psicólogos permanentes.
Estou escrevendo tudo isso em função do choque da notícia em que um empresário assassinou um casal de vizinhos e depois cometeu suicídio.
E a pergunta que não quer calar: como impedir desgraças desse tipo? Recentemente, conheci uma pessoa que me disse que todos nós temos o nosso lado monstrinho. Precisamos sempre agir racionalmente e controlá-lo pelo visto. Quantos de nós já não tiveram a vontade de esganar um vizinho ou arrancar os cabelos de um transeunte ou motorista?
Prédios são comunidades curiosas. Quase ninguém efetivamente se conhece. As pessoas saem para trabalhar e estudar, nos horários mais diversos, retornam impessoalmente e continuam suas vidinhas.
No caso das mortes da notícia, não havia acordo possível? O empresário, segundo sua própria esposa, era doente e com mania de perseguição. E possuía dois revólveres em casa. Será que a família dele não se omitiu, não deveria tê-lo internado? Ou sumido com as armas?
Sei de um caso mais antigo, em que um morador de outro prédio instalou, no apartamento do vizinho, uma proteção antirruído. Não seria um bom procedimento a ser empregado nesses casos?
Pensemos. Quem sabe os condomínios não devam contratar uma junta de psiquiatras e psicólogos permanentes.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
NOVAS CENAS URBANAS
Continuo com minha missão? de narrar fatos paulistanos.
Ponto de Ônibus
Parece que as pessoas estão perdendo a visão lógica da vida. No sábado, fui ao Centro de Diagnóstico do Hospital Paulistano, na Avenida Brasil. Desci na esquina da Augusta e fui ao ponto de ônibus. Este estava lotadíssimo. Havia gente reclamando da demora do ônibus. Coincidentemente, quase todo mundo subiu no mesmo veículo em que entrei. Pensei até que não conseguiria descer. Para minha surpresa, dois pontos depois praticamente todo mundo desceu. Gente, o tempo que eles perderam esperando o ônibus poderia ter sido perfeitamente despendido numa caminhada!
O Perigo do Celular
Voltei para casa pela linha Amarela do metrô. Na minha frente, toda garbosa, descia uma garota olhando o celular. De repente, seu pé falseou (havia mais um degrau na escada) e ela caiu de joelhos no chão. Quem disse que o celular não pode se tornar um assassino? Ainda bem que somente a dignidade da garota foi atingida.
SESC Pompeia
Sábado. Virada Cultural. E esse SESC participou. Nenhum som me agradou; mas gosto é gosto. Provavelmente, houve gente assistindo aos shows. Mas, no final da noite e novamente no início da madrugada, algum jerico mandou soltar fogos de artifício praticamente em frente às janelas do meu prédio. Como foi difícil acalmar a minha gata siamesa!
Criança mimada
Hoje, metrô. Uma criança, provavelmente com a avó, estava sentada sozinha num dos bancos reservados prioritariamente para idosos, gestantes, pessoas com problemas físicos e mulheres com crianças de colo. E não quis ceder o lugar. Um idoso protestou veementemente, sem sucesso. É uma questão de educação. Como diziam os mais antigos : "é de pequeno que se torce o pepino". Como será essa menina em alguns anos?
Ponto de Ônibus
Parece que as pessoas estão perdendo a visão lógica da vida. No sábado, fui ao Centro de Diagnóstico do Hospital Paulistano, na Avenida Brasil. Desci na esquina da Augusta e fui ao ponto de ônibus. Este estava lotadíssimo. Havia gente reclamando da demora do ônibus. Coincidentemente, quase todo mundo subiu no mesmo veículo em que entrei. Pensei até que não conseguiria descer. Para minha surpresa, dois pontos depois praticamente todo mundo desceu. Gente, o tempo que eles perderam esperando o ônibus poderia ter sido perfeitamente despendido numa caminhada!
O Perigo do Celular
Voltei para casa pela linha Amarela do metrô. Na minha frente, toda garbosa, descia uma garota olhando o celular. De repente, seu pé falseou (havia mais um degrau na escada) e ela caiu de joelhos no chão. Quem disse que o celular não pode se tornar um assassino? Ainda bem que somente a dignidade da garota foi atingida.
SESC Pompeia
Sábado. Virada Cultural. E esse SESC participou. Nenhum som me agradou; mas gosto é gosto. Provavelmente, houve gente assistindo aos shows. Mas, no final da noite e novamente no início da madrugada, algum jerico mandou soltar fogos de artifício praticamente em frente às janelas do meu prédio. Como foi difícil acalmar a minha gata siamesa!
Criança mimada
Hoje, metrô. Uma criança, provavelmente com a avó, estava sentada sozinha num dos bancos reservados prioritariamente para idosos, gestantes, pessoas com problemas físicos e mulheres com crianças de colo. E não quis ceder o lugar. Um idoso protestou veementemente, sem sucesso. É uma questão de educação. Como diziam os mais antigos : "é de pequeno que se torce o pepino". Como será essa menina em alguns anos?
sexta-feira, 17 de maio de 2013
CENAS URBANAS
Morar em São Paulo é um mar de surpresas e fatos; creio que somente o Rio de Janeiro, no Brasil, é tão agitado como.
Presenciei três cenas curiosas hoje:
CENA 1
Rua Augusta. Calçadas repletas de gente, apressada, disputando cada centímetro. Músicos atuando. Trânsito infernal. Moradores de rua pedindo dinheiro. E duas loiras altas, talvez modelos, conversando. Uma delas exibiu os cabelos para outra e disse: "Os nossos estão assim, mas queremos mais brancos". Que problemão! O mundo vai acabar se os cabelos delas não ficarem mais claros.
CENA 2
Duas mulheres carregando imensas malas no metrô. Parada na estação Palmeiras-Barra Funda. Enroscaram-se com as malas na saída. Uma criança de uns três anos, no máximo, provavelmente filha de uma delas, disparou na plataforma. Uma das mulheres recebeu no mesmo momento uma ligação no celular. Travamento total. Ainda bem que alcançaram a criança. Mas, foi mais importante atender o celular do que cuidar da criança.
CENA 3
Estou chegando ao Shopping Bourbon. Encontro uma caravana de Ribeirão Preto, que veio assistir a uma peça de teatro. Ironia das ironias. Eu, que moro ao lado do shopping, nunca fui ao cinema e ao teatro que existem no mesmo.
Presenciei três cenas curiosas hoje:
CENA 1
Rua Augusta. Calçadas repletas de gente, apressada, disputando cada centímetro. Músicos atuando. Trânsito infernal. Moradores de rua pedindo dinheiro. E duas loiras altas, talvez modelos, conversando. Uma delas exibiu os cabelos para outra e disse: "Os nossos estão assim, mas queremos mais brancos". Que problemão! O mundo vai acabar se os cabelos delas não ficarem mais claros.
CENA 2
Duas mulheres carregando imensas malas no metrô. Parada na estação Palmeiras-Barra Funda. Enroscaram-se com as malas na saída. Uma criança de uns três anos, no máximo, provavelmente filha de uma delas, disparou na plataforma. Uma das mulheres recebeu no mesmo momento uma ligação no celular. Travamento total. Ainda bem que alcançaram a criança. Mas, foi mais importante atender o celular do que cuidar da criança.
CENA 3
Estou chegando ao Shopping Bourbon. Encontro uma caravana de Ribeirão Preto, que veio assistir a uma peça de teatro. Ironia das ironias. Eu, que moro ao lado do shopping, nunca fui ao cinema e ao teatro que existem no mesmo.
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