terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

NOITE PAULISTANA

Ando do metrô até em casa todas as noites. Naquela, ao atravessar o farol, um motorista, que estava sobre a faixa de segurança, arranca seu automóvel e quase atropela três jovens. Um desses, inesperadamente, chuta o automóvel. O motorista larga o carro na rua e, juntamente com um amigo, sai para brigar com os rapazes. Nada aconteceu, apenas um bate-boca.
Caminho mais um pouco e uma moça, talvez nervosa com o trânsito, sai de uma rua para entrar na avenida e, ao manobrar o seu automóvel, passa por um pedaço da calçada, assustando alguns pedestres.
Caminho ainda. Um motorista faz uma manobra proibida. Ele entra numa rua, na contramão, e faz a curva para pegar a avenida. Para e ocupa toda a faixa de segurança. Atravesso a rua no limite, faço para ele o sinal de positivo e aponto o farol verde para mim. Ele simplesmente me manda enfiar o dedo naquele lugar.
Essa é a São Paulo dos neuróticos e psicopatas ambulantes. Não pretendo morrer aqui.

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