Ando do metrô até em casa todas as noites. Naquela, ao atravessar o farol, um motorista, que estava sobre a faixa de segurança, arranca seu automóvel e quase atropela três jovens. Um desses, inesperadamente, chuta o automóvel. O motorista larga o carro na rua e, juntamente com um amigo, sai para brigar com os rapazes. Nada aconteceu, apenas um bate-boca.
Caminho mais um pouco e uma moça, talvez nervosa com o trânsito, sai de uma rua para entrar na avenida e, ao manobrar o seu automóvel, passa por um pedaço da calçada, assustando alguns pedestres.
Caminho ainda. Um motorista faz uma manobra proibida. Ele entra numa rua, na contramão, e faz a curva para pegar a avenida. Para e ocupa toda a faixa de segurança. Atravesso a rua no limite, faço para ele o sinal de positivo e aponto o farol verde para mim. Ele simplesmente me manda enfiar o dedo naquele lugar.
Essa é a São Paulo dos neuróticos e psicopatas ambulantes. Não pretendo morrer aqui.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
O HOMEM DE 600 MILHÕES DE REAIS
Volto novamente ao assunto. Mas, para quê estudar? Para quê se dedicar intensamente a uma carreira? Os melhores entre os melhores no País atingem, se muito, um salário de 100, 200 mil reais de salário, salvo equívoco do minha parte.
Então, a Record faz uma matéria sobre um jogador de futebol, semi-analfabeto, que aos 34 anos de idade já atingiu a fortuna pessoal de 600 milhões de reais.
Estamos falando do Ronalducho. Quando ouço essas coisas, meu sangue ferve. Nem tanto por mim que, evidentemente não possuo nem conseguirei nem meio por cento desse valor, mesmo que trabalhasse 24 horas por dia.
Mas, e aquele torcedor de salário mínimo, que pega trem, ônibus, metrô, talvez outro ônibus para chegar ao estádio e idolatrar seu time de coração e seu ídolo? Ele não se sente um verdadeiro palhaço quando o senhor Ronaldo não consegue correr como antes, nem fazer as jogadas brilhantes que lhe deram fama? Até quando o brasileiro manterá esse amor fanático por um esporte que somente traz benefícios a um grupelho de cidadãos? E quando nos preocuparemos com coisas mais sérias: educação, saúde, política sem corrupção, tecnologia, etc.? Tenho vontade de enfiar a cabeça no asfalto de tanta vergonha, nessas ocasiões, de ser brasileiro.
Então, a Record faz uma matéria sobre um jogador de futebol, semi-analfabeto, que aos 34 anos de idade já atingiu a fortuna pessoal de 600 milhões de reais.
Estamos falando do Ronalducho. Quando ouço essas coisas, meu sangue ferve. Nem tanto por mim que, evidentemente não possuo nem conseguirei nem meio por cento desse valor, mesmo que trabalhasse 24 horas por dia.
Mas, e aquele torcedor de salário mínimo, que pega trem, ônibus, metrô, talvez outro ônibus para chegar ao estádio e idolatrar seu time de coração e seu ídolo? Ele não se sente um verdadeiro palhaço quando o senhor Ronaldo não consegue correr como antes, nem fazer as jogadas brilhantes que lhe deram fama? Até quando o brasileiro manterá esse amor fanático por um esporte que somente traz benefícios a um grupelho de cidadãos? E quando nos preocuparemos com coisas mais sérias: educação, saúde, política sem corrupção, tecnologia, etc.? Tenho vontade de enfiar a cabeça no asfalto de tanta vergonha, nessas ocasiões, de ser brasileiro.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
É UM PAÍS SEM FUTURO????????
O título deste texto é intensamente interrogativo. Será verdade? Quando a gente liga a TV, logo de manhã, para assistir a um noticiário de 45 a 50 minutos e verifica que metade do jornal foi dedicada à derrota do Corinthians leva a gente a concordar.
Creio que estou ficando um sujeito de uma nota só. Mas, como é irritante, num País intelectualmente subdesenvolvido, saber que pessoas abandonaram a escola e o trabalho para viajar a um país estrangeiro, simplesmente para torcer por um time de futebol. E outros me saem à noite, quase de madrugada, amparados pela escuridão e tentam destruir parte do patrimônio de um clube. É o fim da picada!
Torço para o Palmeiras, claro que gostei da derrota do Timão (risos), mas trepudiar? Ontem, onde moro, até buzinaço houve, comemorando a tragédia do Corinthians. Até quando continuaremos na ilusão de que futebol dá camisa para alguém, de que vai mudar a vida para melhor de quem torce?
Nessas horas, francamente, tenho vergonha de ser brasileiro.
Creio que estou ficando um sujeito de uma nota só. Mas, como é irritante, num País intelectualmente subdesenvolvido, saber que pessoas abandonaram a escola e o trabalho para viajar a um país estrangeiro, simplesmente para torcer por um time de futebol. E outros me saem à noite, quase de madrugada, amparados pela escuridão e tentam destruir parte do patrimônio de um clube. É o fim da picada!
Torço para o Palmeiras, claro que gostei da derrota do Timão (risos), mas trepudiar? Ontem, onde moro, até buzinaço houve, comemorando a tragédia do Corinthians. Até quando continuaremos na ilusão de que futebol dá camisa para alguém, de que vai mudar a vida para melhor de quem torce?
Nessas horas, francamente, tenho vergonha de ser brasileiro.
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