Como diziam os mais antigos, nunca diga de que dessa água não beberei. Quem me conhece, sabe como sou cuidadoso, especialmente com velhos, grávidas e crianças, quando ando na rua. Um descuido e a pessoa pode ser machucada seriamente.
No entanto, minha consciência hoje está pesada. Eu estava no meu limite de horário para comparecer a uma sessão de fisioterapia. Praça da Sé, plataforma como sempre lotada. Aliás, como brota gente nesta cidade!
Vou entrar no trem. O pessoal da frente hesita e eu fico com parte do corpo no ar, ainda por cima carregando uma mala e uma mochilinha. Toca o sinal de alerta sobre o fechamento da porta. E eu não consigo parar.
Quando entro no trem, dou um encontrão num velhinho. Obviamente, ele reclamou muito, muito, muito, com boa parte de razão. Pedi insistentemente desculpas, sem sucesso. Desisti e fiquei quieto.
A gente vive aprendendo. Mais uma lição. Nunca mais estar apressado, nunca mais arriscar ser machucado e nunca mais prejudicar outros. E, quem sabe, um dia mudar para uma cidade mais tranquila, sem atropelos, sem tanta gente.
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