Há sempre uma tendência mundial de simplificar as questões. Agora, é essa polêmica do aborto. Os religiosos estão em pé de guerra. Abortar para eles é pecado, é homicídio. Até sugerem que as igrejas e os beatos assumam a educação das crianças indesejadas. Ou mesmo que os homossexuais possam adotá-las (grande contradição, pois o homossexualismo é considerado outro grande pecado).
Ainda não temos informações suficientes. Mas, o que fica no subconsciente de uma criança por exemplo gerada num estupro? Quantos males psicológicos esse indivíduo possuirá e transmitirá para outras pessoas?
E quanto sofrimento para a mãe que gera uma criança nessa condição? Claro que há gente muito descuidada no mundo, gente que não usa uma mera camisinha ou algum método concepcional. Tem gente que afirma que Deus evitará uma gravidez indesejada. Como diz a minha filha, se Deus realmente existe quanto trabalho ele tem com essa pobre Humanidade.
Não quero brincar com a questão. É um tema muito sério para ser discutido na mesa de um bar ou num mero debate eleitoral. É ridícula a atitude da Dilma e do José Serra, em tentarem provar ao mundo que são mais religiosos que o adversário.
Há alguns anos, em faculdade que lecionei, participei de debate com um padre sobre Planejamento Familiar. Lá pelas tantas ele disse que a Igreja Católica considera vida o próprio esperma. Senti-me culpado. Quantas vidas matei quando me masturbei!!!!
Agora, o que é vida? Um grupo de células, um feto ou uma criatura com vida biológica, psicológica, social e cultural? É disso que estamos tratando.
Mas, não ponham mulheres na cadeia pelo simples fato de abortarem. Vamos investir em prevenção. Em casa, sempre fui muito claro. Minhas filhas foram ensinadas quanto ao seu direito de uma vida sexual. Mas, que não era obrigatório namorar, noivar, casar, transar e engravidar para serem felizes. E a exigir camisinha sempre. Que as igrejas parem de estabelecer princípios morais para nós.
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