Estava eu na Livraria Cultura, Av. Paulista, folheando um livro sobre gatos. De repente, um sujeito se aproximou de mim e perguntou se eu era um tal de Rafael ou Daniel (não lembro bem o nome). Pareceu-me de relance ser um fotógrafo, pois carregava alguns instrumentos da profissão. Meio assustado, como todo paulistano paranoico, respondi que não.
Segundos após, percebi que ele encontrou o tal Rafael ou Daniel. Curioso, procurei descobrir quem era o tal e, surpresa, verifiquei que o mesmo era tão careca como eu. Não perguntei, mas provavelmente alguém disse ao fotógrafo para procurar, naquele setor da livraria, um sujeito careca.
Não tenho vergonha de ser calvo. Como disse um amigo careca não é gente, é ponto de referência. Os torcedores do Corinthians um dia me chamaram de careca. Alunos uma vez me chamaram de careca fdp. Eu ficar ofendido? Risos. Careca sou mesmo; fdp posso me tornar às vezes, principalmente quando as pessoas me tratam com ignorância ou arrogância.
Como o cabelo biologicamente não tem mais função e, em cinco mil anos, como previsto por alguns cientistas, todos os seres humanos serão calvos, sinto-me um precursor desse futuro. Pretendo até, logo, logo, raspar tudo. O pouco que tenho me atrapalha.
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