Estava eu na Livraria Cultura, Av. Paulista, folheando um livro sobre gatos. De repente, um sujeito se aproximou de mim e perguntou se eu era um tal de Rafael ou Daniel (não lembro bem o nome). Pareceu-me de relance ser um fotógrafo, pois carregava alguns instrumentos da profissão. Meio assustado, como todo paulistano paranoico, respondi que não.
Segundos após, percebi que ele encontrou o tal Rafael ou Daniel. Curioso, procurei descobrir quem era o tal e, surpresa, verifiquei que o mesmo era tão careca como eu. Não perguntei, mas provavelmente alguém disse ao fotógrafo para procurar, naquele setor da livraria, um sujeito careca.
Não tenho vergonha de ser calvo. Como disse um amigo careca não é gente, é ponto de referência. Os torcedores do Corinthians um dia me chamaram de careca. Alunos uma vez me chamaram de careca fdp. Eu ficar ofendido? Risos. Careca sou mesmo; fdp posso me tornar às vezes, principalmente quando as pessoas me tratam com ignorância ou arrogância.
Como o cabelo biologicamente não tem mais função e, em cinco mil anos, como previsto por alguns cientistas, todos os seres humanos serão calvos, sinto-me um precursor desse futuro. Pretendo até, logo, logo, raspar tudo. O pouco que tenho me atrapalha.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
METRÔ PAULISTANO QUE HORROR!
Ultimamente, tenho utilizado o metrô em São Paulo quase todos os dias. E, nos horários que o freqüento, habitualmente, ele fica extremamente lotado.
Sei que os funcionários da empresa têm a obrigação profissional de passar mensagens educativas para os passageiros, mas é irritante e cômico ao mesmo tempo.
A pessoa berra no meu ouvido: “ao entrar, não fique na região das portas, vá para o corredor!”. Que corredor? Nem consigo vê-lo. Há um entupimento de gente, que nos obriga a nem respirar.
“Ao tocar o sinal, não entre!”. Como? Você é espremido como uma massa de tomate; nem vê a porta.
“Deixe as pessoas saírem, antes de entrar!”. Geralmente, as pessoas “entram” e “saem” comigo. Se bobear, carregam você até as escadas. Pessoas gordinhas, então! Viram pastel.
Gostaria de pegar uma autoridade, Governador, Prefeito, Senador, Deputado, Vereador (do Presidente, nem falo nada; será que algum dia ele andou de metrô?) e obrigá-la a passear de metrô e trem nos horários de pico. Não adianta nos engabelar com belas propagandas na TV; queremos é um transporte decente. Apenas isso.
Sei que os funcionários da empresa têm a obrigação profissional de passar mensagens educativas para os passageiros, mas é irritante e cômico ao mesmo tempo.
A pessoa berra no meu ouvido: “ao entrar, não fique na região das portas, vá para o corredor!”. Que corredor? Nem consigo vê-lo. Há um entupimento de gente, que nos obriga a nem respirar.
“Ao tocar o sinal, não entre!”. Como? Você é espremido como uma massa de tomate; nem vê a porta.
“Deixe as pessoas saírem, antes de entrar!”. Geralmente, as pessoas “entram” e “saem” comigo. Se bobear, carregam você até as escadas. Pessoas gordinhas, então! Viram pastel.
Gostaria de pegar uma autoridade, Governador, Prefeito, Senador, Deputado, Vereador (do Presidente, nem falo nada; será que algum dia ele andou de metrô?) e obrigá-la a passear de metrô e trem nos horários de pico. Não adianta nos engabelar com belas propagandas na TV; queremos é um transporte decente. Apenas isso.
INAPTIDÃO PARA APRENDER
Ontem, no metrô, deparei-me com uma cena muito bonita e inspiradora. Observei uma senhora conversando, presumo, com seus filhos na linguagem dos sinais.
A princípio, pensei que as crianças, um menino e uma menina, fossem surdas. Na verdade, era o contrário; a surda era a mãe.
Fiquei com inveja. A menina, mais velha que o irmão, se comunicava tão facilmente com a mãe. Uma verdadeira troca de afagos, uma conferência de amor. E eu não consigo aprender a linguagem de sinais. Aliás, não consigo aprender com profundidade nenhum idioma; creio até mesmo que estou esquecendo o bom Português.
Qual seria a razão de sermos ineptos em aprender algumas coisas? Conheço pessoas, muitas, que entram em pânico com a Matemática. Outros com o idioma lusitano. Outros com Ciência, etc. Os pedagogos têm resposta para tudo, mas acho curioso.
A cena foi bonita e marcante. Que o trio seja feliz para sempre, nesses momentos mãe-filhos, é o que desejo no meu mais profundo ser.
A princípio, pensei que as crianças, um menino e uma menina, fossem surdas. Na verdade, era o contrário; a surda era a mãe.
Fiquei com inveja. A menina, mais velha que o irmão, se comunicava tão facilmente com a mãe. Uma verdadeira troca de afagos, uma conferência de amor. E eu não consigo aprender a linguagem de sinais. Aliás, não consigo aprender com profundidade nenhum idioma; creio até mesmo que estou esquecendo o bom Português.
Qual seria a razão de sermos ineptos em aprender algumas coisas? Conheço pessoas, muitas, que entram em pânico com a Matemática. Outros com o idioma lusitano. Outros com Ciência, etc. Os pedagogos têm resposta para tudo, mas acho curioso.
A cena foi bonita e marcante. Que o trio seja feliz para sempre, nesses momentos mãe-filhos, é o que desejo no meu mais profundo ser.
sábado, 10 de outubro de 2009
E A GRANA DA EDUCAÇÃO, TIO LULA?
Como sempre digo, não podemos fugir da Matemática. Sinto-me bombardeado por números preocupantes.
A compra de novos caças para o Brasil está orçada em torno de 10 bilhões de reais. Há também em andamento um acordo militar com a França, para a construção de submarinos convencionais, helicópteros e um submarino nuclear; montante do negócio: 22,5 bilhões de reais. Por último, teremos o espetáculo das Olimpíadas 2016, a grande consagração do pão e circo. A festa está orçada em 26 bilhões de reais.
Somando tudo isso chegamos ao valor de 58,5 bilhões de reais, uma micharia pelo visto, pois ninguém se espantou até agora.
Fiz umas continhas bem sem-vergonhas e cheguei a um número bárbaro: daria para pagar o salário de 2 mil reais, todo mês, durante 10 anos, para 243.750 professores. E, considerando 50 alunos por professor, teríamos 12.187.500 de estudantes assistidos! Não daria para formar alguns cientistas, pesquisadores, doutores, políticos mais sérios?
E querem que eu ainda tenha esperança!
A compra de novos caças para o Brasil está orçada em torno de 10 bilhões de reais. Há também em andamento um acordo militar com a França, para a construção de submarinos convencionais, helicópteros e um submarino nuclear; montante do negócio: 22,5 bilhões de reais. Por último, teremos o espetáculo das Olimpíadas 2016, a grande consagração do pão e circo. A festa está orçada em 26 bilhões de reais.
Somando tudo isso chegamos ao valor de 58,5 bilhões de reais, uma micharia pelo visto, pois ninguém se espantou até agora.
Fiz umas continhas bem sem-vergonhas e cheguei a um número bárbaro: daria para pagar o salário de 2 mil reais, todo mês, durante 10 anos, para 243.750 professores. E, considerando 50 alunos por professor, teríamos 12.187.500 de estudantes assistidos! Não daria para formar alguns cientistas, pesquisadores, doutores, políticos mais sérios?
E querem que eu ainda tenha esperança!
Assinar:
Postagens (Atom)