Dia 30/06/2009, estive na USP- FEA, onde cursei a graduação, para o evento Networking deste ano. Assisti a duas palestras: uma do Professor Joel Dutra e outra do consultor Marcos Paiva, que trabalha para a Accenture.
O Professor Joel focou o tema expatriação de trabalhadores. Focou muito o mútuo desenvolvimento, isto é, se a empresa cresce ela exige também crescimento do funcionário e vice-versa.
Comentou sobre as duas tendências para o ambiente de trabalho, na próxima década: carreira subjetiva em detrimento da objetiva (a tomada de decisões de carreira ocorrerá em função do contexto social e familiar do indivíduo) e maior flexibilidade na organização do trabalho (particularmente decorrente do avanço da tecnologia, com ênfase no trabalho à distância).
Sobre a expatriação, salientou que as pessoas (quando se comprometem a trabalhar no Exterior) pensam em projeto de vida, projeto profissional, em ampliar sua rede de relacionamento e se preparar para as exigências da posição; as empresas, de seu lado, pensam na preparação da pessoa e de sua família, no acompanhamento do processo de adaptação e no monitoramento do desenvolvimento à distância.
Marcos Paiva até me impactou mais. Mostrou um outro País, do qual hoje poucos brasileiros participam. Além de apresentar alguns números de sua empresa, que opera em 49 países no momento, ele discorreu sobre a sua carreira profissional.
Tem 37 anos de idade. Formou-se em Engenharia Eletrônica pela Mauá e optou em trabalhar como consultor de empresas. Já atuou em mercados como o México, o Chile e a Argentina. Aprofundou-se nos idiomas inglês e espanhol. Concluiu um MBA nos EUA e o Mestrado pela FGV São Paulo. Já esteve 15 vezes nos EUA, dando cursos inclusive. É o típico sujeito que planejou e bem a sua carreira e aproveitou as oportunidades que apareceram. Será que nós todos temos a mesma disciplina de vida?
Alguns comentários profissionais dele foram valiosos. Há uma maior demanda pela mobilidade global de profissionais. E mercados emergentes são carentes de profissionais qualificados: Rússia, Índia, China, Coréia do Sul, África do Sul e México, especialmente. E o Brasil, apesar de suas mazelas, pode contribuir com esses países. Temos já empresas brasileiras atuando decididamente no Exterior.
Na sua opinião, as ofertas para carreira internacional aumentarão e os desafios também. Citou os principais: idioma, disponibilidade para viagem, relação inter-pessoal, restrição de custos de expatriados, viver novas culturas, família e retorno ao país de origem.
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