segunda-feira, 27 de julho de 2009

Gripe

O assunto do momento é a gripe suína. Ou não suína, pois o porco não tem nada como isso.
Todo dia morre alguém vitimado pela doença. Muitos estudantes estão vibrando, pois ficarão mais tempo afastados da escola. As grávidas estão entrando em paranoia, pois foram incluídas nos grupos de risco. E os obesos?
O duro é saber que a gripe habitual mata mais. Ocorre que geralmente nunca nos preocupamos com ela; quantas vezes não presenciei pessoas sendo censuradas, porque faltaram ao trabalho em função de uma gripe.
Que o momento sirva de reflexão. Precisamos urgentemente modificar as nossas políticas de saúde, tornando-as mais efetivas no combate a doenças existentes. Medicina preventiva mais eficaz é o que precisamos e médicos mais socialmente responsáveis.
Lavar as mãos, por exemplo, deveria ser obrigação e não medida apenas socialmente recomendada.
E fiquemos na torcida para que os menos saudáveis não sejam atingidos pela nova epidemia.

Lula e Collor

Dizem que esse País não tem memória. Será que é verdade?
Em 1989, já maduro, eu votei pela primeira vez num candidato a Presidente da República. Sempre me identifiquei politicamente mais com a esquerda. Votei no Covas, no Primeiro Turno, e no Lula no Segundo.
O comportamento do Collor e de seus seguidores, nesse Segundo Turno, foi tétrico. Arrumaram tropas de choque, que ficavam intimidando os simpatizantes do Lula. Viviam afirmando que o PT, no poder, iria sequestrar bens e riquezas e outras coisas no mesmo tom.
Trouxeram para a TV uma das namoradas do Lula, afirmando que o petista a havia obrigado a abortar. Num país hipócrita como o nosso, isso caiu como uma bomba entre as pessoas mais conservadoras. E o famoso debate editado pela Rede Globo, que hoje vive lambendo os pés do Lula?
Parece que tudo isso foi esquecido pelo principal protagonista. Perdoar é uma coisa, mas valorizar o mau caráter não me agrada, não me satisfaz. Como a política brasileira é nojenta!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Psicólogos em Ação

Muita gente sabe que virei chique. Tenho um Shopping há cinco minutos de casa, isso a pé!
Passei na Livraria Cultura desse shopping e fui verificar alguns livros de Psicologia; ultimamente, aliás, pareço mais psicólogo do que administrador.
Dois jovens estavam conversando. Lá pelas tantas, a moça disse: este livro é de uma das minhas professoras. Ela é rica.
Como?, perguntou o rapaz. A moça comentou então: sabe quanto ela cobra por sessão? 250 reais! Duas sessões e já são 500 reais!
Ele perguntou então: e como ela é como pessoa, gente boa?
A moça retrucou: Não, ela é muito brega.
Brega, de que jeito?, insistiu o garoto.
A moça completou sua opinião: Ela veio um dia com uma calça cheia de apliques brilhantes.
E quantos anos ela tem?, lá veio o rapaz de novo.
Uns 50, completou a moça. E o rapaz, espantado: Uma velhusca dessas vestindo-se desse jeito!!!
Não suportei mais e falei bem alto: estou me sentindo um ancião perto de vocês e fui embora.
Esse diálogo me lembrou um fato ocorrido no UNIFAI, onde lecionava, há anos. A escola aumentou as mensalidades e justificou o fato com um acréscimo no salário dos professores. Alguns estudantes protestaram veementemente, alegando que havia professor com carro importado. Esqueceram porém de verificar que era uma situação atípica. Tratava-se de um microempresário que gostava de lecionar. Então, gente com posses não pode trabalhar? E a vocação e o estímulo de uma maior participação social?
E o que é ser brega? É uma definição, um estereótipo. Agora, o estudante vai para a escola fazer o quê? Estudar, aprender ou ficar verificando o modo de se vestir do professor?
E velho, o que é? Para mim, velho é o sujeito que morreu em vida; e nem percebeu. Um drogado inveterado já pode encomendar o caixão.
Finalizando, que psicólogos estamos formando, hein gente? Entram para o mercado de trabalho, pelo visto, com todos os preconceitos possíveis.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

PAÍS DO FUTEBOL

Existe algum lugar do mundo onde não existam fanáticos por futebol? Se souberem, me indiquem; não suporto mais!
Por qual razão os corinthianos comemoram seus títulos perto do estádio do Palmeiras, infernizando a vida dos moradores da Pompeia?
E a noite começou bem. Chegando em casa, vi dois carros repletos de corinthianos, buzinando e gritando a seguinte frase de altíssima redação: Quem não for corinthiano que vá para a PQP!
Fui dar uma volta mais tarde, para não ouvir as falas de alto padrão, ditas pelos moradores do meu prédio, torcedores de diversos times.
Fui abordado por um garoto que, junto com a família, pede esmola na rua. Um molambo de gente, mal vestido, mal alimentado, provavelmente nem frequenta a escola.
E o que ele me pergunta? Quando terminaria o jogo do Corinthians. Se toda a energia gasta pelo nosso povo, em jogos de futebol, fosse revertida para a melhoria de nossa escola, de nossa saúde, de nossa política, de nossos hábitos e costumes, teríamos o melhor país do mundo. Quero uma passagem só de ida.

NETWORKING CARREIRA PROFISSIONAL INTERNACIONAL

Dia 30/06/2009, estive na USP- FEA, onde cursei a graduação, para o evento Networking deste ano. Assisti a duas palestras: uma do Professor Joel Dutra e outra do consultor Marcos Paiva, que trabalha para a Accenture.
O Professor Joel focou o tema expatriação de trabalhadores. Focou muito o mútuo desenvolvimento, isto é, se a empresa cresce ela exige também crescimento do funcionário e vice-versa.
Comentou sobre as duas tendências para o ambiente de trabalho, na próxima década: carreira subjetiva em detrimento da objetiva (a tomada de decisões de carreira ocorrerá em função do contexto social e familiar do indivíduo) e maior flexibilidade na organização do trabalho (particularmente decorrente do avanço da tecnologia, com ênfase no trabalho à distância).
Sobre a expatriação, salientou que as pessoas (quando se comprometem a trabalhar no Exterior) pensam em projeto de vida, projeto profissional, em ampliar sua rede de relacionamento e se preparar para as exigências da posição; as empresas, de seu lado, pensam na preparação da pessoa e de sua família, no acompanhamento do processo de adaptação e no monitoramento do desenvolvimento à distância.
Marcos Paiva até me impactou mais. Mostrou um outro País, do qual hoje poucos brasileiros participam. Além de apresentar alguns números de sua empresa, que opera em 49 países no momento, ele discorreu sobre a sua carreira profissional.
Tem 37 anos de idade. Formou-se em Engenharia Eletrônica pela Mauá e optou em trabalhar como consultor de empresas. Já atuou em mercados como o México, o Chile e a Argentina. Aprofundou-se nos idiomas inglês e espanhol. Concluiu um MBA nos EUA e o Mestrado pela FGV São Paulo. Já esteve 15 vezes nos EUA, dando cursos inclusive. É o típico sujeito que planejou e bem a sua carreira e aproveitou as oportunidades que apareceram. Será que nós todos temos a mesma disciplina de vida?
Alguns comentários profissionais dele foram valiosos. Há uma maior demanda pela mobilidade global de profissionais. E mercados emergentes são carentes de profissionais qualificados: Rússia, Índia, China, Coréia do Sul, África do Sul e México, especialmente. E o Brasil, apesar de suas mazelas, pode contribuir com esses países. Temos já empresas brasileiras atuando decididamente no Exterior.
Na sua opinião, as ofertas para carreira internacional aumentarão e os desafios também. Citou os principais: idioma, disponibilidade para viagem, relação inter-pessoal, restrição de custos de expatriados, viver novas culturas, família e retorno ao país de origem.