A única certeza que temos hoje é que morreremos algum dia. Uma frase óbvia e repetida milhares de vezes. Mas, sempre ficamos estupefatos quando alguém que conhecemos, pessoalmente ou pela mídia, falece. Ou, como diz o Rolando Boldrin, "nos deixa antes do combinado".
Uma dessas pessoas foi Farrah Fawcett, a grande pantera. Sua filmografia, conforme escreveram os críticos, não foi brilhante, exceto pelas obras O Apóstolo e Dr. T e As Mulheres.
Sendo um mulher exuberante, creio eu uma das mais belas do cinema em toda a História, Farrah ficou marcada como o mito da pantera, quando trabalhou na série com suas companheiras Kate Kackson e Jaclyn Smith.
Mas, lamento profundamente a sua morte. Era fã do seriado, que agrupava sensualidade e feminismo em doses bem adequadas. E ela era uma atriz digna. Deixo aqui as minhas sinceras saudades.
sábado, 27 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
MICHAEL JACKSON
O dia inteiro ouvi falar do astro e sua morte. No tempo da Sociedade do Espetáculo, toda notícia grandiosa desperta os espectadores de seu torpor e eleva o IBOPE.
Quero deixar bem claro que ele nunca foi meu ídolo. Não posso negar seu brilhantismo como cantor, compositor, dançarino e produtor musical.
Mas, ele representou um tipo de música consumível, num idioma que nunca dominei inteiramente e numa cultura afro-norte-americana que tem elos comuns à brasileira, por causa da escravidão, mas o negro dos EUA tem um estilo de vida muito diferente, com mais qualidade do que o negro brasileiro.
Tive uma comoção quando faleceu a Elis Regina; até hoje, quando assisto a algum show antigo dela ou a alguma entrevista, fico me perguntando porque ela não pediu o apoio de seus fãs, que eram apaixonados por ela.
Assim, compreendo perfeitamente a atitude e o sofrimento dos fãs do Michael. Mas, sinto que ele morreu como viveu. Criticado pelo pai, permanentemente insatisfeito com a sua condição física, fazendo tratamentos misteriosos, envolvido em escândalos nunca esclarecidos, endividado ao final. Descansou na hora certa. Se vivesse mais 10, 20, 30 anos, seria apenas um sofrimento só.
Quero deixar bem claro que ele nunca foi meu ídolo. Não posso negar seu brilhantismo como cantor, compositor, dançarino e produtor musical.
Mas, ele representou um tipo de música consumível, num idioma que nunca dominei inteiramente e numa cultura afro-norte-americana que tem elos comuns à brasileira, por causa da escravidão, mas o negro dos EUA tem um estilo de vida muito diferente, com mais qualidade do que o negro brasileiro.
Tive uma comoção quando faleceu a Elis Regina; até hoje, quando assisto a algum show antigo dela ou a alguma entrevista, fico me perguntando porque ela não pediu o apoio de seus fãs, que eram apaixonados por ela.
Assim, compreendo perfeitamente a atitude e o sofrimento dos fãs do Michael. Mas, sinto que ele morreu como viveu. Criticado pelo pai, permanentemente insatisfeito com a sua condição física, fazendo tratamentos misteriosos, envolvido em escândalos nunca esclarecidos, endividado ao final. Descansou na hora certa. Se vivesse mais 10, 20, 30 anos, seria apenas um sofrimento só.
O DIREITO À MORTE
Não há um dia, neste mundão, em que alguém não escreve contra o cigarro, as drogas, as bebidas alcóolicas e o excesso de comida. No lado oposto, estão os fabricantes de cigarros e bebidas, os traficantes e os grandes chefs de cozinha.
É uma grande guerra pelos nossos corações e mentes. Da minha parte, nunca fumei, bebia socialmente (o equivalente a uma garrafa de vinho por ano; estou proibido pelos remédios que uso), nunca usei drogas e estou me controlando em termos de comida (perdi 20 quilos).
Ora, qual o meu objetivo de vida? Viver lucidamente, se possível até os 90 anos. Se morrer antes, será por fatalidade ou acidente.
Mas, e aqueles que insistem em seus vícios? Merecem o nosso desprezo? A nossa distância? Creio que não.
Quem se opõe a todos esses exageros será que efetivamente está pensando no ser humano ou apenas defende os interesses de seguradoras? Sabemos de empresas que não estão contratando fumantes e obesos e dificultam muito o tratamento a viciados em álcool e drogas.
Se o sujeito comete um crime sob o efeito de drogas e bebidas que seja rigorosamente punido pela lei.
Agora, se ele quer se entupir de comida, bebidas e drogas e/ou fumar que nem uma chaminé, deixem-no apressar a morte. O direito à vida é sagrado, mas o direito à morte também.
É uma grande guerra pelos nossos corações e mentes. Da minha parte, nunca fumei, bebia socialmente (o equivalente a uma garrafa de vinho por ano; estou proibido pelos remédios que uso), nunca usei drogas e estou me controlando em termos de comida (perdi 20 quilos).
Ora, qual o meu objetivo de vida? Viver lucidamente, se possível até os 90 anos. Se morrer antes, será por fatalidade ou acidente.
Mas, e aqueles que insistem em seus vícios? Merecem o nosso desprezo? A nossa distância? Creio que não.
Quem se opõe a todos esses exageros será que efetivamente está pensando no ser humano ou apenas defende os interesses de seguradoras? Sabemos de empresas que não estão contratando fumantes e obesos e dificultam muito o tratamento a viciados em álcool e drogas.
Se o sujeito comete um crime sob o efeito de drogas e bebidas que seja rigorosamente punido pela lei.
Agora, se ele quer se entupir de comida, bebidas e drogas e/ou fumar que nem uma chaminé, deixem-no apressar a morte. O direito à vida é sagrado, mas o direito à morte também.
ESTOU FICANDO VELHO
Há alguns anos, quando eu trabalhava como corretor de imóveis, uma belíssima garota se aproximou de mim, em frente a um prédio. O pessoal da obra, obviamente me provocou antes, dizendo: "Seu Valdir, olha a gata que vai falar consigo!". Ela parou e me disse: "Tio, qual é o caminho para São Paulo? (estávamos em São Bernardo).
Quando começam a chamar você de tio, é o momento de colocar a viola no saco e pensar numa mudança de vida. Mas, a coisa somente tende a piorar. É a criança que desce correndo a escada atrás de você e não pede licença ou lhe acerta na região íntima e nem percebe.
Ou, como hoje, em que uma mãe ficou tentando chamar a minha atenção, para olhar o bebê dela. Ou o garoto que quis o mesmo, brincando justamente do meu lado. E eu comendo. Somente parou quando levou a terceira bronca da mãe. Claro, já tenho jeito risos de vovô.
O jeito é continuar estudando, lendo, ensinando e curtindo a vida. Conheço gente que não está sabendo envelhecer e está entrando num processo depressivo. Farei o possível para ser diferente do modelo do velhinho esclerosado e andando de bengalinha.
Quando começam a chamar você de tio, é o momento de colocar a viola no saco e pensar numa mudança de vida. Mas, a coisa somente tende a piorar. É a criança que desce correndo a escada atrás de você e não pede licença ou lhe acerta na região íntima e nem percebe.
Ou, como hoje, em que uma mãe ficou tentando chamar a minha atenção, para olhar o bebê dela. Ou o garoto que quis o mesmo, brincando justamente do meu lado. E eu comendo. Somente parou quando levou a terceira bronca da mãe. Claro, já tenho jeito risos de vovô.
O jeito é continuar estudando, lendo, ensinando e curtindo a vida. Conheço gente que não está sabendo envelhecer e está entrando num processo depressivo. Farei o possível para ser diferente do modelo do velhinho esclerosado e andando de bengalinha.
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