2008 foi um ano pródigo em crimes que despertaram o interesse da mídia e mantiveram os telespectadores, principalmente estes, atentos à programação.
No meu caso, fiquei cismado com um tema pouco explorado nessas situações: o papel das mães, tanto de vítimas como de suspeitos.
Citemos alguns exemplos. O promotor Thales Ferri Schoedl atirou e matou Diego Modanez; foi absolvido pelos seus pares sob o argumento de legítima defesa. De um lado, sua mãe o apoiou integralmente; de outro, ficou a gritar por justiça a mãe de Diego.
Renato Correia Brito, William de Brito Silva e Wagner da Silva foram condenados em primeira instância pela acusação de assassinato de Vanessa Batista de Freitas. A mãe dos dois primeiros sempre alegou que eram inocentes da acusação. Quando um outro suspeito confessou o crime, ela se regozijou com o fato. No entanto, a mãe de Vanessa insistiu pela mídia sobre a culpabilidade dos três.
E a mãe de Lindemberg Alves, como ficou? Muitos consideravam o rapaz calmo, trabalhador, sério. De repente, descobrimos que ele pode ser considerado um psicopata, obcecado pela namorada. E a mãe de Eloá Pimentel, assassinada por ele? Ela na verdade assumiu os papéis de mãe e pai, pois seu marido era foragido da justiça alagoana.
Será que ser mãe é realmente padecer no Paraíso? É defender sua prole mesmo quando esta se apresenta como um perigo para os demais membros da sociedade? Até que ponto uma mãe tem o direito natural de ferir princípios éticos, preservando a sobrevivência da espécie?
Deixo aqui um desafio para um estudo a ser feito pela Ciência.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
HABEMUS OBAMA
Um negro na Casa Branca! A mídia nacional e internacional se preocupou muito com esse fato, esquecendo que Barack Obama teve educação multicultural, sendo filho de uma mãe branca com valores progressistas.
Ora, não existe por princípio uma etnia melhor; você encontra pessoas com comportamento equilibrado, entre negros, brancos e orientais; como também psicopatas nos três grupos.
Lá no íntimo de todos, porém, há um cansaço extremo com a doutrina Bush de superioridade da cultura ocidental. Reside aí a esperança que muitos povos estão concentrando na nova administração dos EUA, que assume em 2009.
Obama terá pela frente desafios históricos nunca enfrentados pelo seu país. Os EUA se tornaram, para o positivo e o negativo, a grande referência cultural, os novos centuriões romanos a distribuir mísseis e afagos pelo mundo todo.
Como vários especialistas estão salientando, ele deverá se dedicar inicialmente a recuperar a economia norte-americana, a injetar confiança no seu povo.
Depois, se houver condições para tanto, ele terá que descascar os abacaxis da política externa. Até quando os EUA permanecerão no Iraque? Como será a política de intervenção no Afeganistão? Existe real possibilidade de uma paz entre Israel e os palestinos? Como combater a Al-Qaeda sem novas intervenções militares? Como impedir que o Paquistão e a Índia entrem num novo conflito militar aberto? A Rússia parece estar querendo uma nova Guerra Fria; perigo à vista. Como agir com o Irã?
Para o Extremo Oriente, temos incógnitas a resolver. A China continua investindo em crescimento econômico, o Japão enfrenta o dilema entre preservar a sua cultura milenar e absorver valores ocidentais, a Coréia do Sul cresce como potência tecnológica e a Coréia do Norte quer manter contatos com o Ocidente, porém mantendo o seu programa nuclear. É um desafio para o multiculturalismo: respeitar essas culturas, porém protegendo a cultura própria, no caso a norte-americana.
E a América Latina nesse contexto? O Brasil parece ser empurrado para uma liderança, ao mesmo tempo natural, pela sua pujança econômica, e indesejada, porque abrirá conflitos antigos e novos com os nossos hermanos. Há um novo populismo crescendo na América Latina, que junta socialismo, indianismo e autoritarismo, que pode gerar até guerras civis. A coisa pode se agravar, pois em 2010 o Brasil elegerá um novo Presidente, que talvez não seja palatável para países como a Venezuela, a Bolívia, o Equador e o Paraguai. Como apoiar esses países, na luta que parece eterna em melhorar a educação e desenvolver tecnologia? E Cuba?
Ainda há o compromisso de Obama em combater o aquecimento global. Ele enfrentará resistências internas seriíssimas, principalmente dos produtores de petróleo e carvão.
Não gostaria de estar na pele dele, sinceramente. Voltando ao início do texto, temo até pela segurança física dele; existem nos EUA uns malucos que defendem a supremacia branca, que adorariam matar negros e descendentes. Como sou agnóstico, somente me resta torcer para que isso não ocorra.
O que eu faria se assumisse a Presidência dos EUA? De cara, fecharia a prisão de Guantánamo e prenderia todos os torturadores da CIA. Convocaria o governo cubano para um diálogo franco e autêntico. E exigiria de Israel um compromisso com a paz. Mas, não sou norte-americano e nem sou o Obama. Deus salve a América! (se Deus existir!).
Ora, não existe por princípio uma etnia melhor; você encontra pessoas com comportamento equilibrado, entre negros, brancos e orientais; como também psicopatas nos três grupos.
Lá no íntimo de todos, porém, há um cansaço extremo com a doutrina Bush de superioridade da cultura ocidental. Reside aí a esperança que muitos povos estão concentrando na nova administração dos EUA, que assume em 2009.
Obama terá pela frente desafios históricos nunca enfrentados pelo seu país. Os EUA se tornaram, para o positivo e o negativo, a grande referência cultural, os novos centuriões romanos a distribuir mísseis e afagos pelo mundo todo.
Como vários especialistas estão salientando, ele deverá se dedicar inicialmente a recuperar a economia norte-americana, a injetar confiança no seu povo.
Depois, se houver condições para tanto, ele terá que descascar os abacaxis da política externa. Até quando os EUA permanecerão no Iraque? Como será a política de intervenção no Afeganistão? Existe real possibilidade de uma paz entre Israel e os palestinos? Como combater a Al-Qaeda sem novas intervenções militares? Como impedir que o Paquistão e a Índia entrem num novo conflito militar aberto? A Rússia parece estar querendo uma nova Guerra Fria; perigo à vista. Como agir com o Irã?
Para o Extremo Oriente, temos incógnitas a resolver. A China continua investindo em crescimento econômico, o Japão enfrenta o dilema entre preservar a sua cultura milenar e absorver valores ocidentais, a Coréia do Sul cresce como potência tecnológica e a Coréia do Norte quer manter contatos com o Ocidente, porém mantendo o seu programa nuclear. É um desafio para o multiculturalismo: respeitar essas culturas, porém protegendo a cultura própria, no caso a norte-americana.
E a América Latina nesse contexto? O Brasil parece ser empurrado para uma liderança, ao mesmo tempo natural, pela sua pujança econômica, e indesejada, porque abrirá conflitos antigos e novos com os nossos hermanos. Há um novo populismo crescendo na América Latina, que junta socialismo, indianismo e autoritarismo, que pode gerar até guerras civis. A coisa pode se agravar, pois em 2010 o Brasil elegerá um novo Presidente, que talvez não seja palatável para países como a Venezuela, a Bolívia, o Equador e o Paraguai. Como apoiar esses países, na luta que parece eterna em melhorar a educação e desenvolver tecnologia? E Cuba?
Ainda há o compromisso de Obama em combater o aquecimento global. Ele enfrentará resistências internas seriíssimas, principalmente dos produtores de petróleo e carvão.
Não gostaria de estar na pele dele, sinceramente. Voltando ao início do texto, temo até pela segurança física dele; existem nos EUA uns malucos que defendem a supremacia branca, que adorariam matar negros e descendentes. Como sou agnóstico, somente me resta torcer para que isso não ocorra.
O que eu faria se assumisse a Presidência dos EUA? De cara, fecharia a prisão de Guantánamo e prenderia todos os torturadores da CIA. Convocaria o governo cubano para um diálogo franco e autêntico. E exigiria de Israel um compromisso com a paz. Mas, não sou norte-americano e nem sou o Obama. Deus salve a América! (se Deus existir!).
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