Mais uma viagem do tio Lula. Visitará os países escandinavos, com alguns objetivos mais econômicos - divulgar o biocombustível principalmente. Também estará na pauta a vaga no Conselho de Segurança da ONU. Não sabemos se ele será recebido também pelo Papai Noel e os duendes - o roteiro de viagem não confirmou essa informação.
Agora, tio Lula poderia aproveitar esse novo passeio e aprender alguma coisa que fosse útil ao Brasil. Por exemplo, como a Finlândia se instrumentalizou para evitar a corrupção política. Lá os bens de servidores públicos são de conhecimento de toda a população. Um mero detalhe.
Mas, é na educação que os escandinavos não dão um banho. As últimas estatísticas afirmam que na Finlândia apenas 12 alunos estão fora da escola; a educação básica é obrigatória e gratuita - também são gratuitos, durante os primeiros 9 anos de escola, o transporte, a refeição e todo o material escolar. Todas as escolas na Finlândia são gratuitas, inclusive as particulares (estas financiadas pelo Estado)!!!!! Os professores são respeitados, com ótimos salários e apoio psicológico.
Na Suécia, as escolas funcionam em tempo integral. Também as particulares são gratuitas; investe-se muito na autonomia dos alunos. A partir dos 13 anos, todo estudante sueco aprende a consertar bicicletas, aparelhos domésticos, entende os fundamentos de hidráulica, de elétrica, de mecânica, aprende inclusive a preparar o almoço e o lanche, entre outros conhecimentos. E na Suécia um bom professor precisa ter as seguintes características:
- possuir amplo conhecimento da matéria.
- dar ao aluno a responsabilidade de seus estudos.
- ser colaborador com seus colegas professores.
- ter uma perspectiva alargada para ensinar.
Vou parar por aqui antes que fique vermelho de raiva e de boa inveja. É outro planeta, gente. Ambos os países são campeões nas avaliações internacionais sobre educação. Minha filha Jéssica me pede que eu não me dedique a informações desse tipo, pois terei desgosto cada vez maior com a educação brasileira. Mas sou um esperançoso incorrigível. Até outro dia.
Um comentário:
Olá Valdir
Estive no Pantanal sul-matogrossense e conheci algumas famílias que não mandam os filhos para a escola porque: a escola fica muito longe, às vezes têm condução outras não, tem dia que as crianças vão à distante escola e voltam sem aula porque a professora não veio, outras vezes ficam meses sem aula por falta de professor ou por falta de condições das estradas para a condução chegar às fazendas. São filhos de vaqueiros, peões e ajudantes.
Esta é, infelizmente, a realidade da educação brasileira. A população mais pobre continua carente de educação e não é a bolsa escola ou bolsa familia que vai resolver esta situação.
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